Sexta-feira, 19 [mês], dia crucial em Gaza. O Exército israelense anunciou que vai usar uma força “sem precedentes” na ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, a maior da Faixa, e fechou uma das rotas de fuga para os palestinos. Olha só: o prazo para a evacuação da população civil para o sul do território expirou hoje.
A decisão pegou muita gente de surpresa. Dias atrás, Israel iniciou a ofensiva terrestre, considerando a Cidade de Gaza o último reduto do Hamas, segundo o governo Netanyahu. “Gaza tá em chamas!”, declarou o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometendo a destruição do grupo terrorista. Meu Deus! Que situação!
O porta-voz militar israelense em árabe, Avichay Adraee, confirmou o fechamento da rota de saída Salah al-Din, deixando apenas uma única via de escape para o sul. “A partir de agora, a estrada Salah al-Din tá fechada. As Forças de Defesa de Israel vão continuar agindo com força sem precedentes contra o Hamas e outras organizações terroristas”, avisou Adraee. Ele pediu aos moradores que aproveitassem a única rota restante para se juntar às centenas de milhares que já fugiram.
Nos últimos dias, imagens de filas quilométricas de palestinos em fuga chocaram o mundo. As estradas para o sul de Gaza ficaram completamente congestionadas, com carros amontoados e pessoas fugindo a pé. A situação piorou bastante na terça-feira, depois do anúncio da operação terrestre.
Antes da ofensiva terrestre, Israel impôs um cerco de cerca de um mês à Cidade de Gaza, com bombardeios diários e a destruição de dezenas de prédios altos. Netanyahu justificou os ataques, alegando que o Hamas usava esses edifícios como bases operacionais e para coleta de informações militares. Não só isso, Israel também atingiu a infraestrutura de comunicações, causando um novo blecaute de informações vindas de Gaza.
Uma fonte militar israelense disse à Reuters que o número de tropas na região vai aumentar nos próximos dias e que o Exército está preparado para operações prolongadas contra o Hamas.
A ONU já se manifestou contra a ofensiva. “Esse massacre tem que parar imediatamente! Peço a Israel que pare com a destruição indiscriminada de Gaza”, declarou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk. Além disso, um comitê de investigação da ONU apontou que Israel estaria cometendo genocídio em Gaza. O governo israelense, claro, negou veementemente as acusações. A situação é, no mínimo, preocupante.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
