Olha só, a situação em Gaza tá tensa! Um membro do alto escalão do governo israelense afirmou, neste sábado (5), sob condição de anonimato, que Israel ainda não decidiu se aceita ou não o cessar-fogo proposto. Na sexta-feira (4), o Hamas anunciou que topou a trégua mediada pelos EUA, Egito e Catar. A proposta? Uma trégua de 60 dias!
A verdade é que o gabinete de segurança israelense só vai se reunir pra decidir sobre o assunto depois do Shabbat, o sábado sagrado judaico. A reunião tá marcada pra noite deste sábado. Imaginem a pressão! Principalmente porque o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu viaja pra Washington na segunda-feira (7) pra se encontrar com o presidente americano, Donald Trump. Já pensou o clima dessa reunião?
Segundo a mídia israelense, a proposta americana prevê a libertação de metade dos reféns israelenses ainda vivos em troca da soltura de presos palestinos detidos por Israel. Me parece que a negociação tá bem complexa. O Hamas disse estar pronto pra começar as negociações imediatamente e já entregou sua resposta positiva aos mediadores. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas, também apoia, mas quer garantias sobre como tudo vai funcionar na prática.
Trump, por sua vez, disse na sexta-feira que não estava por dentro da resposta do Hamas, mas se mostrou satisfeito. “Precisamos acabar com isso. É necessário que algo seja feito por Gaza”, declarou. Na real, a declaração dele mostra a urgência da situação.
Mas, gente, enquanto a diplomacia tenta costurar uma solução, a ofensiva israelense continua. A situação humanitária em Gaza é dramática. Quase toda a população foi deslocada! Só nas últimas 24 horas, quase 100 pessoas morreram em ataques. Nesta manhã, a Defesa Civil local relatou mais 20 mortos em diferentes operações militares israelenses. Oito pessoas morreram num bombardeio que atingiu escolas na Cidade de Gaza. Isso é chocante!
Pra piorar, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos EUA e Israel, informou que dois de seus funcionários americanos ficaram feridos num ataque a um centro de distribuição de ajuda em Khan Yunis, no sul de Gaza. A GHF começou a distribuir alimentos em 26 de maio, depois de mais de dois meses de bloqueio israelense à ajuda humanitária. Segundo a ONU, 613 pessoas morreram desde o fim de maio durante a distribuição de ajuda no enclave, sendo 509 perto das instalações da GHF. A ONU e outras ONGs recusam-se a trabalhar com a GHF, alegando que ela serve a objetivos militares israelenses e viola princípios humanitários básicos. A situação é, no mínimo, preocupante.
Fonte da Matéria: g1.globo.com