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“Invocação do Mal 4: O Último Ritual” fecha a franquia com chave de ouro, mas deixa a porta aberta

Estreando nos cinemas nesta quinta-feira (4), “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” não decepciona! O filme mantém a chama – ou melhor, o espírito! – da franquia acesa, entregando tudo que a gente espera de um bom terror: sustos que te prendem na cadeira, personagens interessantes e cenas que te deixam arrepiado, mesmo que você seja supercético. E tem mais: promete ser o último capítulo estrelado pelo casal Warren, os investigadores paranormais mais queridos do cinema!

Assim como os filmes anteriores, a trama se inspira em um caso real, adicionando elementos sobrenaturais que funcionam superbem na tela. Só que, dessa vez, o drama ganha um espaço maior, criando uma emoção inesperada. Isso faz com que o filme se destaque dos outros (a exceção é o primeiro, né?), mostrando que os diretores queriam algo a mais que sustos fáceis. Olha só o trailer!

A história se passa em 1986 e mostra Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) tentando levar uma vida tranquila, longe das investigações que os fizeram famosos. A preocupação deles agora é a filha Judy (Mia Tomlinson), que tá crescendo e se envolvendo cada vez mais com Tony (Ben Hardy).

Mas aí, pum! Um caso envolvendo uma família na Pensilvânia, vítima de fenômenos estranhos, faz Ed e Lorraine saírem da aposentadoria. Eles precisam voltar à ação para salvar a família de um destino cruel. Só que eles não imaginavam que o caso tinha uma ligação com Judy, tornando tudo muito mais pessoal e perigoso do que qualquer coisa que já enfrentaram.

Impressionante como “Invocação do Mal”, de 2013, dirigido por James Wan (“Aquaman”), criou uma franquia tão bem-sucedida e virou um verdadeiro fenômeno entre os fãs de terror! Não só o primeiro filme, mas as sequências e os spin-offs, como “Annabelle” (2014) e “A Freira” (2018), criaram o “Invocaverso”, popularizando os personagens – principalmente os monstros! E “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” contribui para manter esse universo forte e ativo.

O roteiro, escrito por Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick, é muito bem-feito. Ele equilibra drama e terror ao mostrar o sofrimento da família Smurl, assombrada por espíritos, e o medo crescente de Ed e Lorraine ao descobrirem a ligação com Judy. Isso nos deixa envolvidos na luta do casal para proteger a filha.

A direção de Michael Chaves evoluiu bastante em relação a “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (2021). Ele aprendeu bastante com James Wan (que aqui é produtor e co-roteirista) e cria ótimos momentos de suspense e terror – principalmente nas cenas em que algo não é o que parece. Tipo assim, uma personagem acha que é uma brincadeira de criança, mas não tem ninguém por perto. Ou um vulto num quarto… que depois se revela algo diferente, causando uma baita inquietação.

Mas, apesar das boas intenções, Chaves nem sempre acerta nos sustos. Algumas cenas são previsíveis, diminuindo o impacto, principalmente para quem já é fã do gênero. Dá até pra adivinhar o que vai acontecer – o que não é legal em um filme de terror, né? “A Hora do Mal”, por exemplo, se sai melhor nesse quesito. Mesmo assim, o filme não decepciona.

Outro ponto forte da franquia é o grupo de fantasmas e monstros. Em “Invocação do Mal 4”, os protagonistas enfrentam três entidades malignas. Elas são eficazes, mas não tão marcantes quanto a Freira ou o Homem Torto – talvez pelo design menos criativo. Pelo menos a Annabelle volta, e isso já é o suficiente pra te deixar desconfortável!

Se as criaturas não são tão surpreendentes, o filme mantém o fascínio pelos objetos amaldiçoados. Dessa vez, é um espelho que conecta um caso antigo dos Warren ao sofrimento da família Smurl, sendo um “adversário” difícil de enfrentar. Isso fica claro no final, quando o terror aumenta bastante.

O elenco inteiro tá ótimo. Mas, na real, o filme e a franquia toda não seriam os mesmos sem a parceria de Patrick Wilson e Vera Farmiga. Eles convencem como especialistas no sobrenatural e como um casal apaixonado que enfrenta o oculto com medo do que pode ameaçar o relacionamento deles.

Mia Tomlinson, que interpreta Judy, substitui Sterling Jerins e McKenna Grace dos filmes anteriores, e se sai muito bem. Ela convence nas cenas românticas e dramáticas, e no terror também. Ela forma uma boa dupla com Ben Hardy (“X-Men: Apocalipse” e “Bohemian Rhapsody”), que interpreta Tony. Ele acaba sendo um alívio cômico involuntário com o ciúme do sogro, criando momentos engraçados enquanto tenta entender a família. Os atores que interpretam a família Smurl também cumprem bem seus papéis.

Com um final que pode te fazer chorar mais do que te assustar – principalmente para os fãs de Ed e Lorraine –, “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” fecha esse ciclo com dignidade. Mas, sabe? A sensação é que nem tudo acabou. Novos spin-offs podem surgir, afinal, há muito a explorar no “Invocaverso”. E o público, com certeza, toparia sentir medo de novo no cinema com essas criaturas!

Fonte da Matéria: g1.globo.com