Imagina só: você tá lá, numa chácara em Portugal, curtindo a vida, quando, de repente, um incêndio florestal começa a se aproximar! Foi exatamente o que aconteceu com a Camile Travassos, carioca que mora num rancho em Castelo Branco com o marido, Nicolas Pittet. Na terça-feira (19), o casal enfrentou uma verdadeira corrida contra o tempo para salvar seus animais. A região estava em alerta máximo para incêndios, devido à onda de calor que assola a Europa.
“Nossa, que situação!”, conta Camile ao g1. Eles têm 11 cavalos, seis cachorros, quatro pássaros e alguns gatos. Com a ajuda da IRA, um projeto de resgate local, conseguiram tirar boa parte dos bichinhos. “Graças a Deus, já tiramos os cachorros, os pássaros e os gatos”, afirma, aliviada. Mas a situação era tensa, sabe? O fogo tava se aproximando. “O vento mudou, e desviou o fogo, mas começou outro foco perto! Tá tudo muito incerto, os bombeiros estão sobrecarregados, a situação tá totalmente descontrolada”, desabafa.
Camile e Nicolas trabalham com terapia equina e medicina natural no Eco Ranch Oasis Plena Consciência. A princípio, os cavalos ficaram para trás, pois precisariam de um caminhão para o resgate. Mas, que alívio! No início da noite, um veterinário foi até o rancho e avaliou a situação. “Ele disse que os animais estão seguros aqui, pois o terreno é limpo, sem muito mato. Ainda assim, um caminhão está a cinco minutos, caso precisemos evacuar”, explica Camile, um pouco mais tranquila.
A situação, no entanto, continua crítica. Já se fala em incêndios florestais há mais de uma semana em Portugal. Na segunda-feira (18), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera já havia colocado o distrito de Castelo Branco em perigo máximo. “Ninguém sabe direito o que fazer, são várias frentes de incêndio, a gente não tem ideia de como vai evoluir. Mas tem muita solidariedade entre os moradores, as pessoas se ajudam muito”, conta Camile. O ar, segundo ela, está péssimo, praticamente impossível de respirar. “A situação tá realmente terrível”, finaliza, com a voz carregada de preocupação.
Fonte da Matéria: g1.globo.com