A implosão do submarino Titan, em junho de 2023, não foi um acidente. Foi uma tragédia previsível, segundo o relatório final da Guarda Costeira dos EUA, divulgado na terça-feira (5). A investigação concluiu que a perda da integridade estrutural do casco de fibra de carbono, combinada com graves falhas de segurança da OceanGate, causou o desastre. Os cinco tripulantes – o CEO da OceanGate, Stockton Rush, um copiloto e três bilionários – morreram instantaneamente a cerca de 3.350 metros de profundidade, esmagados pela pressão incomensurável da água.
Olha só: o relatório crava que a tragédia era totalmente evitável! A OceanGate, na real, simplesmente ignorou protocolos básicos de engenharia e segurança. Por anos, a empresa usou táticas de intimidação e se aproveitou de sua suposta reputação e trabalho “científico” para burlar a fiscalização. Eles criaram uma verdadeira cortina de fumaça em torno das regras, operando o Titan completamente fora dos padrões para mergulhos em águas profundas. Isso é inacreditável!
O documento detalha uma série de falhas:
* **Projeto falho:** O design do Titan e os testes realizados pela OceanGate não seguiram princípios básicos de engenharia para um casco capaz de resistir à pressão em grandes profundidades. A fibra de carbono, embora leve e forte, é suscetível à fadiga sob pressão constante, e a água salgada só piora as coisas.
* **Casco comprometido:** O casco de fibra de carbono apresentava defeitos graves no enrolamento, cura, colagem, espessura e padrões de fabricação, enfraquecendo a estrutura. Incidents anteriores, que comprometeram a integridade do casco, foram ignorados pela empresa.
* **Manutenção negligenciada:** A OceanGate não realizou um estudo para determinar a vida útil do casco, nem fez manutenções preventivas adequadas antes da viagem ao Titanic. Eles confiaram demais em um sistema de monitoramento em tempo real, sem analisar os dados corretamente.
* **Cultura tóxica:** A empresa cultivava um ambiente de trabalho tóxico, usando demissões e ameaças para silenciar funcionários e prestadores de serviço que levantavam preocupações sobre segurança. Isso é chocante!
O relatório reforça os depoimentos de ex-funcionários na audiência pública de setembro de 2024. Imagens de destroços do submarino, encontrados em 22 de setembro de 2023, corroboram essas conclusões.
David Lochridge, ex-diretor de operações, alertou sobre falhas em 2018, cinco anos antes da tragédia. Após relatar problemas com a fibra de carbono e pedir mais testes, ele foi demitido. Roy Thomas, engenheiro da American Bureau of Shipping, explicou que a fibra de carbono, apesar de suas vantagens, é suscetível a falhas por fadiga sob pressão repetida.
Outros relatos são igualmente preocupantes. Testemunhas ouviram sons de estalos em expedições anteriores. O engenheiro do NTSB, Don Kramer, afirmou que o casco apresentava imperfeições desde a fabricação e se comportou de forma anormal após um “forte estrondo” durante um mergulho em 2022. Dias antes da implosão, o submarino ficou instável, lançando os passageiros de um lado para o outro. Matthew McCoy, ex-funcionário, relatou que Stockton Rush planejava registrar o submarino nas Bahamas e lançá-lo do Canadá para evitar a fiscalização americana. Segundo McCoy, Rush chegou a dizer que “se a Guarda Costeira se tornasse um problema, ele compraria um congressista para resolver a questão”. Isso é inacreditável!
Fred Hagen, passageiro de uma expedição em 2021, relatou problemas mecânicos, com o submarino girando em círculos. Tony Nissen, ex-diretor de engenharia, recusou-se a pilotar o submarino por falta de confiança na equipe. Ele afirmou ter sido pressionado a colocar o Titan na água, ignorando preocupações sobre segurança. David Lochridge disse que se sentiu usado, afirmando que o objetivo principal da OceanGate era o lucro, não a ciência. Relatos indicam uma pressa excessiva em operar o submarino, ignorando especialistas e colocando a ganância acima da segurança. Cada expedição custava US$ 250 mil (cerca de R$ 1,36 milhões). Apesar da diretora de administração, Amber Bay, negar que a empresa realizaria mergulhos arriscados, ela admitiu a urgência em cumprir o prometido. Me parece que a ganância falou mais alto.
Em resumo, a implosão do Titan foi o resultado de uma combinação letal de negligência, ganância e uma cultura corporativa que priorizou o lucro acima da segurança. A tragédia serve como um alerta sobre os perigos da falta de regulamentação e a necessidade de rigorosos protocolos de segurança em operações de alta profundidade.
Fonte da Matéria: g1.globo.com