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** IA: Ameaça ou Oportunidade? 92 Milhões de Empregos em Risco até 2030

** A inteligência artificial (IA) tá mexendo com tudo! Gigantes como Microsoft, Shopify e Amazon já anunciaram cortes de empregos, mostrando que a IA vai impactar – e muito – o mercado de trabalho. Políticos, o próprio Papa e até economistas estão debatendo os riscos e as oportunidades dessa revolução tecnológica. O Fórum Econômico Mundial, olha só, prevê que até 2030, 92 milhões de empregos vão sumir, mas, calma, 170 milhões de novos postos serão criados!

Andy Jassy, CEO da Amazon, já avisou: a empresa vai reduzir o quadro de funcionários com a automação via IA. E a Amazon não tá sozinha, viu? Muitas empresas estão no mesmo barco. Em maio, o presidente da Anthropic, uma startup de IA, disse à Axios que, em até cinco anos, metade das vagas de nível inicial em setores não-manuais podem desaparecer.

Dados do Wall Street Journal, usando informações da Live Data Technologies, mostram que empresas públicas dos EUA cortaram 3,5% do pessoal administrativo desde 2022. Um quinto das empresas do S&P 500 também encolheu. A gente já viu isso acontecer com empresas como Microsoft, Hewlett Packard e Procter & Gamble, que anunciaram milhares de demissões nos últimos anos. A Shopify, por exemplo, agora exige que equipes que peçam novos funcionários provem que a IA não consegue fazer o trabalho. A Duolingo, inclusive, planeja substituir funcionários terceirizados por IA.

**Uma faca de dois gumes:** A OCDE estima que um quarto dos empregos globais correm sério risco de extinção por causa da IA. Mas, ao mesmo tempo, a expectativa é de aumento de produtividade e criação de novas oportunidades. O Fórum Econômico Mundial, em estudo divulgado no início de 2025, já previu essa dupla face da moeda: 92 milhões de empregos a menos, mas 170 milhões de novos.

O FMI, numa análise de 2024, mostrou que as economias desenvolvidas seriam mais impactadas, com 60% dos empregos afetados – metade negativamente, a outra positivamente. Economias emergentes sentiriam o impacto em 40% das vagas, e países de baixa renda, em 26%. A diferença é que esses últimos se beneficiariam menos do aumento de produtividade prometido pela IA.

Antes, os empregos manuais e de baixa qualificação eram os mais afetados. Agora, a IA ameaça empregos de nível superior, principalmente em escritórios, onde algoritmos já superam a performance humana em algumas tarefas.

Um estudo do Pew Research Center apontou que profissões como programação web, redação técnica, contabilidade e digitação de dados estão entre as mais ameaçadas. Já profissões que exigem trabalho manual intenso, como construção, cuidados infantis e bombeiro, parecem mais resistentes à automação.

**Otimismo na contramão:** A possibilidade de desemprego em massa preocupou muita gente, incluindo políticos e até o Papa Francisco, que alertou para os riscos da IA para a dignidade humana. Mas nem todo mundo tá pessimista. Enzo Weber, especialista em mercado de trabalho do IAB (Instituto de Pesquisa sobre o Trabalho) da Alemanha, acredita que a IA vai criar mais oportunidades do que desemprego. “A IA transforma o trabalho, mas não o elimina”, afirma ele. Na visão dele, a IA vai auxiliar os humanos a desenvolver novas tarefas e executá-las melhor.

Um estudo de janeiro de 2025 reforça essa ideia: a automação não reduz necessariamente a ocupação, podendo até gerar mais empregos em alguns setores. Economistas de Harvard, como David Deming, Christopher Ong e Lawrence H. Summers, argumentam que a automação de tarefas pode aumentar a produtividade dos trabalhadores, compensando a substituição de algumas funções por máquinas. Eles reconhecem o impacto amplo e duradouro da IA, mas lembram que seus efeitos se desdobrarão ao longo de décadas.

**O futuro do trabalho:** A verdade é que ainda é cedo para prever o impacto de longo prazo da IA no mercado de trabalho. A eficácia das ferramentas de IA depende da integração no ambiente de trabalho e da aceitação pelos funcionários. Se houver resistência à adoção da IA, o aumento de produtividade prometido pode não acontecer.

Weber aconselha empresas e funcionários a se adaptarem e aproveitarem as oportunidades. Para ele, a IA é um “game changer”, e “é essencial investir em desenvolvimento e treinamento dos funcionários, não só para acompanhar, mas para se destacar”.

Fonte da Matéria: g1.globo.com