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** IA: 4 perguntas cruciais antes de usar qualquer ferramenta de inteligência artificial

** ChatGPT, Copilot, DeepSeek… A inteligência artificial (IA) invadiu nossas vidas, né? Mas, calma! Apesar de super úteis, essas ferramentas não são a solução pra tudo e exigem cuidado. A cientista da computação Sasha Luccioni, que trabalha na Hugging Face – uma startup que busca democratizar o uso consciente do aprendizado de máquina – dá um toque de alerta. Ela mesma faz contas, elabora perguntas de entrevista e até atua como terapeuta… tudo isso com a ajuda da IA! A tecnologia avança numa velocidade louca, com plataformas disputando a liderança em inovações.

Olha só o crescimento do ChatGPT: em cinco dias, um milhão de usuários! Em dois meses, 100 milhões! Dados impressionantes de um relatório encomendado pelo Encontro Global sobre Inteligência Artificial de 2023, que reuniu 30 governos, além da ONU, União Europeia e OCDE. A Microsoft, que lançou o Copilot em 2023, prevê uma receita de mais de US$ 10 bilhões com IA até o segundo semestre de 2025, e já tá expandindo seus data centers para 60 regiões do mundo. Enquanto isso, o Overview do Google, que resume resultados de busca, já acumula 1,5 bilhão de usos em mais de 200 países e territórios, segundo Sundar Pichai, CEO da Alphabet.

A IA veio pra ficar, isso é fato! Mas como usá-la com sabedoria? Sasha Luccioni nos dá quatro perguntas essenciais para refletir antes de usar qualquer ferramenta de IA:

1. **Qual a ferramenta ideal para a minha necessidade?** A Luccioni destaca: existem ferramentas para tudo! Muita gente usa as mais populares, tipo, por já conhecer, mas existem outras bem mais específicas. Quer resolver problemas científicos? Existem IAs feitas exatamente para isso, e que entregam resultados melhores. A cada dia surgem novos apps, cada um com sua especialidade – de resolver problemas de matemática (só tirar uma foto!) a analisar sua receita de pão de fermentação natural e até gerar orações personalizadas baseadas em textos religiosos. O Relatório 2025 AI Index Report, da Universidade de Stanford, mostra que os EUA lideram em desenvolvimento, com 40 modelos de IA de destaque em 2023, contra 15 da China e apenas 3 da Europa. Pesquise, compare e escolha a ferramenta certa!

2. **Posso confiar nas respostas da IA?** Nem sempre! A IA pode inventar coisas, simplesmente porque parecem plausíveis. Isso é um problema sério, principalmente no trabalho ou na escola, alerta Luccioni. A solução? Revise sempre os resultados! Leia com atenção, pense criticamente e veja se faz sentido. A IA pode parecer confiante, mas estar completamente errada.

3. **Que tipo de informação estou compartilhando?** Você precisa pensar tanto nas informações que *recebe* quanto nas que *fornece* à IA. Os modelos de IA são treinados com quantidades gigantescas de dados, e suas informações – fotos e textos – podem ser armazenadas, analisadas e usadas para influenciar respostas futuras. Cada plataforma tem sua política de privacidade. Leia os termos antes de usar qualquer app! Dados pessoais ou sensíveis? Melhor não fornecer para a IA, pois eles podem vazar na internet. A especialista cita o app da Meta, onde alguns usuários não sabiam que suas perguntas estavam sendo usadas publicamente no sistema “Discover”. A BBC encontrou exemplos de pessoas enviando fotos de provas, pedindo imagens sexuais e conselhos sobre identidade de gênero. Em 2023, a Itália foi o primeiro país ocidental a bloquear o ChatGPT por questões de privacidade e conformidade com o GDPR. Coreia do Sul, Austrália e EUA também demonstraram preocupação com o DeepSeek, chatbot chinês.

4. **Eu *realmente* preciso da IA?** Use a IA como ferramenta, não como substituto do seu cérebro! Será que você não consegue fazer sozinho, ou com outras ferramentas, como uma calculadora? Para questões éticas e pessoais, recorra às pessoas. A IA não tem valores humanos, não sabe o que é certo ou errado, e não deve tomar decisões por você. Além disso, a IA consome muita energia e recursos. Os data centers precisam de muita água para resfriamento, o que impacta o abastecimento global. As ferramentas de IA vão continuar existindo, já que estamos cada vez mais conectados. Mas não precisa usá-las para tudo, senão a gente perde o que nos torna humanos: criatividade, conexão, comunidade.

Fonte da Matéria: g1.globo.com