Agenda enxuta de shows, vida discreta longe dos holofotes das redes sociais e entrevistas raras: essa é a receita de Henrique e Juliano. Mas o que realmente impressiona, após 17 anos de carreira, é a longevidade absurda dos hits da dupla nas plataformas de streaming. Acredite: eles têm 11 músicas no Top 100 geral do Spotify Brasil – um feito inacreditável! Quatro dessas canções passaram mais de mil dias no ranking: “Liberdade Provisória” (lançada em dezembro de 2019, 1048 dias no Top 100), “Aquela Pessoa” (março de 2017, 1257 dias), “De Trás Pra Frente” (março de 2017, 1003 dias) e “Como É Que A Gente Fica” (novembro de 2015, 1238 dias). Isso quebra totalmente a ideia de que música hoje em dia é descartável, né? Olha só a prova de que sucessos duradouros ainda existem na era do streaming!
A dupla ainda consegue a proeza de fazer suas músicas voltarem aos charts! Isso acontece com regravações ou simplesmente porque o público, com saudade, resgata os clássicos. “Vidinha de Balada”, por exemplo, retornou ao ranking após 724 dias longe, e “Na Hora da Raiva” voltou após 561 dias. Incrível, né?
Em 2020, “Liberdade Provisória” reinou absoluta como a música mais tocada no primeiro semestre no Spotify Brasil, ficando 49 dias no topo das paradas. E não para por aí! “Última Saudade” (11 dias) e “Arranhão” (7 dias) também dominaram o primeiro lugar por um bom tempo. Lançamento novo ou não, o nome deles tá sempre lá entre as mais tocadas! A dupla acumula mais de quarenta faixas com mais de 100 milhões de streams, somando mais de 15 bilhões no total! Uau!
Nos shows, a estratégia é diferente: poucos shows, mas com alta demanda. Desde 2023, eles reduziram a agenda para priorizar a família, com no máximo 11 apresentações por mês, apenas nos fins de semana, e nunca aos domingos – dia sagrado! Resultado? Shows lotados! A turnê no Allianz Parque, em São Paulo, em julho, é um exemplo: 45 mil pessoas por noite, com a abertura de uma terceira data após os ingressos dos dois primeiros shows esgotarem em apenas duas horas.
As gravações ao vivo também são um sucesso, levando a energia dos shows para quem não pode ir pessoalmente. E eles entenderam isso rapidinho! A discografia da dupla tem apenas um álbum de estúdio (o primeiro, “Vem curtir com a gente”, de 2011). Os outros são álbuns ao vivo gravados em diversos locais, do Brasil (Brasília, São Paulo, Tocantins) aos Estados Unidos. Isso mostra a estratégia bem definida da dupla, né?
Outro ponto chave é a personalidade musical deles. No início da carreira, foram comparados a Jorge e Mateus, pela semelhança vocal. Mas, com o tempo, mostraram sua identidade única. Isso se reflete na quantidade reduzida de participações especiais – uma escolha que reforça a originalidade e define suas referências musicais. Entre as poucas parcerias, estão João Neto e Frederico, Marília Mendonça e Falamansa.
Em 2022, ao lançarem mais um álbum sem participações, eles declararam ao g1: “Estamos aqui para contar a nossa história e abrir espaço para o futuro. Eu e o ‘manim’ decidimos que o que vivemos tem de ser contado por nós mesmos.” Apesar disso, eles não fecham as portas a convites. Recentemente, realizaram o sonho dos fãs e gravaram “Xonei” com Jorge e Mateus, e já participaram de projetos com Daniel, Dilsinho, Grelo, Murilo Huff, Maiara e Maraisa, Diego e Victor Hugo, Zé Neto e Cristiano, entre outros. Assim, levam sua potência para outros palcos e públicos sem perder a identidade. É sucesso em todos os sentidos!
Fonte da Matéria: g1.globo.com