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Haddad: Privatizar o PIX? Nem pensar! Pressão de multinacionais não vai colar

Olha só, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi categórico nesta terça-feira (5): privatizar o PIX? Nem em sonho! Ele deixou claro que o Brasil não vai ceder à pressão – e que pressão! – de multinacionais que não estão nada contentes com esse sistema de transferência de recursos gratuito e disponível 24 horas por dia. A declaração rolou durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o famoso “Conselhão”, onde ministros, empresários e ativistas debatem políticas públicas.

“Nem pensar, nem imaginar privatizar algo que não custa nada pro cidadão”, disparou Haddad. “Essas multinacionais, elas lucravam há décadas com suas tecnologias, ninguém reclamava. Agora que o PIX surgiu, elas se incomodam? Isso tá completamente fora de questão!”.

A coisa tá pegando fogo, viu? O próprio PIX tá sendo investigado! O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) anunciou no mês passado que abriu um processo. No documento, eles não citam o PIX diretamente, mas falam em “serviços de comércio digital e pagamento eletrônico”, inclusive os do governo. E adivinhe? O PIX é o único sistema governamental desse tipo.

Aí, o USTR solta a bomba: o Brasil estaria usando “práticas desleais” com esses serviços, favorecendo o seu próprio sistema de pagamento. Eles também insinuam que o país estaria prejudicando a competitividade de empresas americanas no ramo.

Mas por que tanto ódio ao PIX? Especialistas consultados pelo g1 apontam o dedo para o embate com as grandes empresas de tecnologia (big techs) e a concorrência com bandeiras de cartão de crédito americanas. Na real, não há justificativa plausível para questionar o funcionamento do PIX. O sucesso estrondoso do sistema e a imagem positiva que ele projeta para o Brasil, na verdade, seriam vistos como uma ameaça lá nos EUA. A preocupação, segundo eles, também inclui o avanço do PIX Internacional e as discussões dos BRICS sobre alternativas ao dólar nas transações comerciais. Acho que a coisa tá mais complexa do que parece… E, claro, a sombra do governo Trump ainda paira sobre essa questão.

Fonte da Matéria: g1.globo.com