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Haddad: Brasil sofre sanções dos EUA por ser “mais democrático que o agressor”

Nesta quarta-feira (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, soltou o verbo: o Brasil está sendo penalizado pelos Estados Unidos, simplesmente por ser “mais democrático” que seu algoz. A declaração veio durante o anúncio de um plano emergencial do governo federal para combater as consequências do “tarifaço” imposto por Donald Trump. Olha só que situação!

Haddad não poupou as palavras. “O Brasil tá sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor. Isso é inusitado, sabe? No mundo inteiro, é raríssimo um país que não reprime adversários, imprensa, escritórios de advocacia, universidades, imigrantes – legais ou ilegais – sofrer uma retaliação tão injustificável, tanto politicamente quanto economicamente”, disparou o ministro. Acho que ele resumiu bem a situação absurda que estamos vivendo.

O pacote de medidas anunciado pelo governo é, na real, a primeira etapa de um plano de socorro às empresas brasileiras atingidas pela sobretaxa de 50% aplicada à entrada de produtos brasileiros nos EUA. A principal aposta é uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para dar um fôlego às companhias impactadas pelo tarifaço de Trump.

Além disso, o governo estendeu por um ano o crédito tributário para empresas importadoras de insumos para produção. Esse “drawback”, como é conhecido, reduz custos no comércio exterior e estimula as exportações, permitindo a suspensão ou isenção de impostos na importação de itens usados na fabricação de produtos destinados ao mercado internacional.

Para completar as ações, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que compras governamentais – em todos os níveis, de municípios a União – vão priorizar empresas prejudicadas pelo tarifaço de Trump. Me parece que o governo está jogando todas as fichas para minimizar os danos dessa situação inusitada. Lula, aliás, acompanhou o anúncio e reforçou que o Brasil não está desrespeitando os direitos humanos. Ele estava lá, ao lado de Haddad, durante o evento.

Fonte da Matéria: g1.globo.com