A Guiana declarou apoio à ação militar dos EUA no Caribe, esquentando ainda mais a já tensa relação com a Venezuela. Olha só: o presidente guianês, Irfaan Ali, saiu em defesa da incursão americana, alegando ser uma medida contra o narcotráfico. Mas, na real, especialistas acham que isso pode ser um pretexto para um ataque direto à Venezuela. Isso aconteceu na segunda-feira, dia 1º.
Maduro, presidente venezuelano, tá furioso! Ele acusou a Guiana de criar uma “frente de guerra”, aproveitando a oportunidade para atacar seu país vizinho, com quem disputa a região de Essequibo. Sabe, essa área é uma verdadeira “maçã da discórdia” entre os dois países, uma das principais disputas territoriais da América Latina. Em 2024, Maduro até fez um referendo sobre a anexação de Essequibo, e segundo ele, a maioria votou a favor.
Ali, o presidente da Guiana, afirmou que seu país vai apoiar qualquer iniciativa que fortaleça a segurança nacional. “Apoiaremos tudo que elimine ameaças à nossa soberania. Temos que nos unir contra o crime transnacional e o narcotráfico”, declarou ele após votar nas eleições gerais da Guiana. A declaração dele veio um dia depois da Guiana denunciar disparos vindos da Venezuela contra uma de suas embarcações que transportava material para as eleições.
A Venezuela, por sua vez, nega qualquer envolvimento no incidente. O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, chamou a acusação guianesa de “mentira” usada para justificar a criação de uma “frente de guerra”. Segundo a Guiana, a embarcação atingida era uma lancha-patrulha escoltando funcionários eleitorais. Mas, segundo o comunicado oficial guianês, a patrulha respondeu ao fogo e conseguiu proteger a equipe. Ninguém ficou ferido, e o material eleitoral não sofreu danos.
Esse fogo cruzado acontece num contexto de alta tensão. Em agosto, o governo Trump aumentou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões (R$ 271 milhões), acusando-o de ligações com cartéis de drogas. Padrino López, indignado, disse que a Guiana está apenas seguindo a cartilha americana, chamando a declaração de “estéril, inútil e vassala”. Me parece que a situação tá longe de se acalmar. A chegada de navios de guerra americanos ao Caribe só contribui para aumentar a tensão na região.
Fonte da Matéria: g1.globo.com