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Guiana apoia incursão americana no Caribe; Maduro acusa país vizinho de criar “frente de guerra”

A Guiana declarou apoio à ação militar dos EUA no Caribe, numa decisão que gerou forte reação da Venezuela. Olha só: o presidente guianês, Irfaan Ali, endossou a operação, alegando ser uma iniciativa contra o narcotráfico. Mas, na real, especialistas veem isso como um possível ataque à Venezuela. Isso aconteceu na segunda-feira (1º), e, acredite, esquentou ainda mais a relação tensa entre os dois países.

A Venezuela, por sua vez, acusou a Guiana de criar uma “frente de guerra” contra ela. O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, foi direto: “Lamentamos profundamente o pronunciamento vassalo destes governos que têm ajudado a narrativa do imperialismo norte-americano lendo um comunicado redigido em Washington”. Ele classificou a declaração de apoio da Guiana como “estéril e inútil”. Afinal, os dois países já estão em pé de guerra por causa de Essequibo, uma região disputada entre eles. Maduro, inclusive, chegou a realizar um referendo em 2024 sobre a anexação da região, alegando vitória.

A tensão aumentou ainda mais depois que a Guiana denunciou “disparos” vindos da Venezuela contra uma de suas embarcações, que transportava material para as eleições gerais do dia 1º. Segundo o governo guianês, a lancha-patrulha escoltava funcionários eleitorais, mas escapou ilesa. “A patrulha respondeu ao fogo e conseguiu colocar a equipe de escolta fora de perigo. Nenhum membro do pessoal ficou ferido e nenhum material eleitoral foi danificado ou comprometido”, informou um comunicado. Ali, em entrevista após votar, disse: “Apoiaremos tudo o que eliminar qualquer ameaça à nossa segurança, não apenas em termos de soberania (…). Devemos nos unir para combater o crime transnacional, para combater o narcotráfico”.

A situação é, no mínimo, explosiva. Em agosto, os EUA aumentaram para US$ 50 milhões (R$ 271 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro, acusando-o de ligações com cartéis de drogas. Com a chegada de navios de guerra americanos ao Caribe, a região respira tensões. Me parece que essa disputa territorial, somada à ação dos EUA, pode gerar um conflito de grandes proporções na América Latina. É preciso acompanhar de perto os próximos capítulos dessa crise.

Fonte da Matéria: g1.globo.com