** Olha só a situação! Uma greve de dois dias dos controladores de tráfego aéreo na França, iniciada na quinta-feira, dia 3 de agosto, paralisou centenas de voos e causou um verdadeiro caos no início da temporada de verão europeia. A razão? Falta de pessoal, tecnologia ultrapassada e, segundo os sindicatos, uma gestão tóxica. A coisa tá feia!
A Direction Générale de l’Aviation Civile (DGAC), a agência de aviação civil francesa, pediu às companhias aéreas que reajustassem seus horários, principalmente no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris – um dos maiores hubs da Europa. Resultado? Muitos cancelamentos.
A Air France, a maior companhia aérea francesa, disse que fez ajustes na programação, sem entrar em detalhes, mas garantiu que os voos de longa distância seguem normalmente. Já a British Airways optou por usar aviões maiores para minimizar os problemas.
A situação é crítica! A Ryanair, por exemplo, teve que cancelar 170 voos, afetando mais de 30 mil passageiros na quinta e sexta-feira. A EasyJet também sofreu bastante, com 274 voos cancelados nos mesmos dias. A Lufthansa também cortou voos, principalmente para Nice, Paris, Marselha, Lyon e Montpellier.
A greve pegou todo mundo de surpresa, justamente no início das férias de verão na Europa, um período de altíssima demanda. Na real, uma péssima notícia para quem planejou viajar.
O UNSA-ICNA, segundo maior sindicato de controladores de tráfego aéreo da França, foi enfático: a greve é um protesto contra a falta de funcionários, equipamentos defasados e uma gestão que, segundo eles, deixa muito a desejar. O USAC-CGT, outro sindicato, reforça as críticas, alegando que a DGAC não entende a frustração dos controladores.
“A DGAC não consegue modernizar as ferramentas dos controladores, apesar de prometer recursos”, disse o UNSA-ICNA em comunicado. “Os sistemas estão obsoletos, e a agência exige cada vez mais dos seus funcionários para compensar as deficiências”. A DGAC, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre as acusações.
As reclamações dos controladores franceses, aliás, se assemelham às dos controladores americanos, que também enfrentam problemas com infraestrutura antiga, falta de pessoal e tecnologia ruim.
O ministro dos Transportes francês, Philippe Tabarot, considerou as reivindicações sindicais inaceitáveis. A DGAC, por sua vez, tomou medidas drásticas: pediu às companhias aéreas que reduzissem em 25% os voos para e de Paris e em quase 50% as decolagens da capital na sexta-feira. Em outras regiões, o corte chegou a 30-50%, afetando principalmente o sul do país.
“Apesar dessas medidas, ainda esperamos atrasos e transtornos significativos em todos os aeroportos franceses”, alertou a agência, recomendando aos passageiros que alterem seus planos de viagem, se possível. Em resumo: uma situação complicada e que exige muita paciência de quem pretende voar pela França nos próximos dias.
Fonte da Matéria: g1.globo.com