Olha só que situação! O avião da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quase teve um final de filme de ação. Durante uma viagem por sete países da linha de frente na guerra na Ucrânia – que, gente, já dura três anos e meio! –, o GPS do avião particular dela simplesmente “apagou” durante a aproximação de Plovdiv, na Bulgária. A chefe do bloco europeu, aliás, não poupou críticas a Vladimir Putin, chamando-o de “predador” em um discurso no domingo. Ela disse que o cara não muda e só pode ser contido com “forte dissuasão”.
A coisa foi tensa: o piloto teve que improvisar, voando por cerca de uma hora sobre o aeroporto usando mapas de papel – imagina a pressão! – antes de conseguir pousar com segurança na segunda maior cidade búlgara. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal britânico “Financial Times”.
A porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podesta, confirmou o incidente e soltou o verbo: “As autoridades búlgaras nos informaram que suspeitam de interferência russa. Estamos acostumados com as ameaças e intimidações da Rússia, que fazem parte do seu comportamento hostil.” Na real, não é novidade.
Desde o início da guerra, em 2022, países europeus, principalmente na região do Mar Báltico, têm alertado para interferências deliberadas nos sistemas GPS. Isso tá gerando muita pressão para que a UE tome medidas contra a Rússia e a Bielorrússia.
A porta-voz de transportes da UE, Anna Kaisa Itkonen, contou ao “The Guardian” que 13 países enviaram uma carta à Comissão relatando o bloqueio e a distorção diária de dados de localização, afetando o transporte aéreo e marítimo. Meu Deus! A Lituânia, por exemplo, disse que a Rússia tá causando esse tipo de interferência de dez pontos no enclave russo de Kaliningrado. Só em junho, pilotos lituanos relataram mais de mil falhas nas comunicações durante os voos. A Estônia e a Finlândia também registraram problemas semelhantes.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, claro, negou tudo, dizendo que a reportagem do “FT” estava errada. Von der Leyen, que é uma forte defensora da Ucrânia, visitou Letônia, Finlândia, Estônia, Polônia e Bulgária durante o fim de semana, e encerraria sua viagem na Lituânia e Romênia nesta segunda-feira. A viagem faz parte de uma estratégia para reforçar a união e o apoio da UE aos países da linha de frente oriental, além de aumentar as capacidades de defesa e segurança da região. Após uma reunião com líderes europeus e o presidente Donald Trump em Washington, a mensagem dela é clara: a UE está unida e comprometida com a segurança da região.
Fonte da Matéria: g1.globo.com