Nos próximos dias, o governo Lula vai enviar uma carta aos Estados Unidos para discutir as novas tarifas impostas pelo governo Trump a produtos brasileiros. A embaixadora Maria Luiza Viotti, em Washington, vai encaminhar o documento à Secretaria de Comércio americana, liderada pelo representante comercial dos EUA (USTR), com quem o Brasil já vinha negociando.
A carta, que já está pronta, leva as assinaturas do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e do chanceler Mauro Vieira. Só falta o aval final do presidente Lula, que precisa dar o seu OK antes do envio. A gente tá falando de uma situação tensa, né? Afinal, o governo brasileiro precisa reverter a taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump na semana passada. Isso é um baque na economia!
Sabe o que aconteceu? Trump, numa carta anterior, reclamou das ações judiciais contra Bolsonaro – e ainda disse, erroneamente, que os EUA têm déficit comercial com o Brasil. Na real, o Brasil tem superávit, ou seja, exporta mais do que importa. Tá errado, né?
Então, o que o Brasil pede na carta? Três coisas:
1. Que o diálogo entre os dois países continue rolando;
2. Que haja novas reuniões para discutir o assunto;
3. Que os EUA respondam a um documento enviado pelo Brasil em maio, com dados sobre a balança comercial – e que até agora tá sem resposta. Isso é inacreditável!
Por falar em resposta, o governo publicou na quarta-feira (15) o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade. Embora não cite os EUA diretamente, essa lei é vista como uma resposta do Brasil ao “tarifaço” de Trump. O decreto estabelece procedimentos para que o Brasil possa suspender concessões comerciais, investimentos e obrigações relacionadas à propriedade intelectual, caso haja ações unilaterais de outros países ou blocos econômicos que prejudiquem a nossa competitividade. É uma forma de mostrar que o Brasil não vai ficar de braços cruzados. A gente espera uma resposta positiva dos EUA, mas o governo brasileiro já está se preparando para outras possibilidades.
Fonte da Matéria: g1.globo.com