Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

Governo espera arrecadar quase R$ 10 bilhões até 2028 tributando títulos como LCI e LCA; juros sobre capital próprio geram R$ 16 bilhões

O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (12) que estima arrecadar R$ 9,6 bilhões, até 2028, com o aumento de zero para 5% na taxação dos chamados títulos incentivados, como LCI, LCA, entre outros. Como há anualidade, a tributação não ocorrerá neste ano. Em 2026, 2027 e 2028, respectivamente, a previsão do governo é de arrecadar R$ 2,6 bilhões, R$ 3,38 bilhões e R$ 3,62 bilhões. 💰 A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um tipo de investimento no qual o investidor empresta dinheiro ao banco – e a instituição tem o compromisso de investir esses recursos no setor imobiliário. 💰 A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é outro tipo de investimento de renda fixa, no qual o investidor empresta dinheiro ao banco e a instituição tem o compromisso de investir em atividades agrícolas, como produção, comércio, indústria ou insumos. Como os recursos captados por meio dos títulos incentivados são utilizados para financiar o agronegócio e o setor imobiliário, os setores dizem que esse aumento da tributação será repassada aos preços dos alimentos e dos imóveis. O governo, por sua vez, diz que isenção concedida aos chamados títulos incentivados gera uma renúncia anual de arrecadação de R$ 41 bilhões. A perda de recursos, alega a área econômica, supera o valor anual do seguro-desemprego e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nesta quinta, o ministro Haddad afirmou que a medida não vai impactar os preços nos setores. “Não vai [impactar preços], absolutamente não. Porque eu tenho outras maneiras de canalizar esse recursos – que inclusive, não estão chegando no produtor. Não é verdade que estão chegando, mais da metade desse subsídio está ficando no meio do caminho”, afirmou ele. “Não vai afetar minimamente, o que está afetando o mercado é a taxa Selic. Nós temos que criar as condições para ela começar a cair, e esse conjunto de medidas ajuda a criar o ambiente econômico”. Juros sobre capital próprio As projeções da área econômica também apontam para um aumento de arrecadação de R$ 15,85 bilhões até 2028 com o aumento da tributação dos juros sobre capital próprio (JCP).de 15% para 20%. Assim como no aumento da tributação sobre títulos incentivados, a medida tem anualidade. Só vale a partir do próximo ano. Em 2026, 2027 e 2028, respectivamente, a previsão do governo é de arrecadar R$ 5 bilhões, R$ 5,28 bilhões e R$ 5,58 bilhões. O JCP é uma forma de distribuição de lucros alternativa aos dividendos (que são isentos de imposto). O tributo é deduzido na fonte, ou seja, o acionista já recebe os valores de JCP descontados do imposto. A tentativa de elevar a tributação dos juros sobre capital próprio não é novidade. O tema foi enviado ao Legislativo no último ano, e considerado nas projeções de arrecadação do orçamento de 2025. Entretanto, assim como o aumento do IOF, o tema sofre forte rejeição por parte dos parlamentares e, por isso, sequer foi analisado pelo Congresso Nacional. Por conta disso, em maio deste ano, no relatório de receitas e despesas do orçamento de 2025, o governo decidiu retirar a arrecadação do aumento dos juros sobre capital próprio das estimativas de receita. E incluiu, no seu lugar, o IOF.

Fonte da Máteria: g1.globo.com

Qual o impacto estimado da nova taxação de títulos incentivados (LCI, LCA etc.)?

O Ministério da Fazenda estima arrecadar R$ 9,6 bilhões até 2028 com o aumento da taxação de 0% para 5%.

Quando a nova tributação sobre títulos incentivados entrará em vigor?

A tributação não ocorrerá em 2025. A previsão é que comece em 2026 e se estenda até 2028.

Como o governo justifica o aumento da tributação sobre títulos incentivados?

O governo argumenta que a isenção atual gera uma renúncia anual de arrecadação de R$ 41 bilhões, superando o valor anual do seguro-desemprego e do PAC.

Qual o impacto previsto do aumento da tributação sobre os juros sobre capital próprio (JCP)?

A projeção é de um aumento de arrecadação de R$ 15,85 bilhões até 2028 com o aumento da tributação de 15% para 20%.

O governo afirma que o aumento da tributação em títulos incentivados e JCP não impactará os preços. Qual a justificativa?

O ministro Haddad afirma que existem outras maneiras de canalizar esses recursos e que a maior parte dos subsídios não chega aos produtores, além de apontar a taxa Selic como o principal fator que afeta o mercado.