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Golpe bilionário: Hacker desvia mais de R$ 500 milhões via PIX em 3 horas

A Polícia Civil de São Paulo anunciou na quinta-feira (4) um golpe de proporções gigantescas: mais de R$ 541 milhões desviados de bancos brasileiros em menos de três horas, via PIX. A polícia considera esse o maior ataque cibernético já sofrido pelo sistema financeiro nacional. Olha só: o valor divulgado se refere apenas a uma das empresas atingidas, a BMP. Mas, segundo as autoridades, outros bancos também foram vítimas, e o prejuízo total ainda está sendo apurado. A gente imagina o tamanho da coisa!

O ataque, que afetou pelo menos seis instituições financeiras, causou um verdadeiro terremoto no mercado na quarta-feira (2), quando a notícia veio à tona. Até agora, não há registros de prejuízos para pessoas físicas, ufa!

Um suspeito, João Nazareno Roque, foi preso na quarta-feira (3) em São Paulo. Ele é funcionário da C&M Software (CMSW), empresa que conecta bancos menores ao sistema do Banco Central, incluindo o PIX. Roque, um operador de TI, confessou ter vendido sua senha de acesso a um sistema sigiloso para hackers. A prisão aconteceu no bairro City Jaraguá, na Zona Norte da capital paulista. E sabe o detalhe? Ele ainda não tem advogado.

A fraude aconteceu na madrugada do dia 30 de junho, entre 4h e 7h da manhã. Os criminosos usaram uma ordem falsa de PIX, se passando pelos bancos atendidos pela C&M, para executar uma “sequência em massa de transferências”. Impressionante, né?

Roque contou à polícia que só se comunicava com os hackers por WhatsApp, mensagens e ligações. No dia do crime, ele identificou quatro vozes diferentes, aparentemente de jovens. O único contato presencial foi com o criminoso que o recrutou para o esquema. Ele recebeu R$ 15 mil pela senha e pela criação de um sistema que permitiu o acesso dos hackers.

A C&M Software, que presta serviços para mais de 23 instituições financeiras, segundo a polícia, afirmou em nota estar colaborando com as investigações e que tomou todas as medidas cabíveis após o incidente. A empresa garante que sua plataforma continua operando normalmente. Mas, por respeito às investigações, não vai se pronunciar publicamente enquanto elas estiverem em andamento.

O delegado Paulo Barbosa afirmou que o prejuízo total é “um valor muito alto, o maior da história do Brasil”, mas não pode divulgar o número exato por enquanto. A TV Globo, por exemplo, estima um prejuízo de até R$ 800 milhões. Já o jornal Valor Econômico aponta a Credsystem e o Banco Paulista como possíveis vítimas, além da BMP.

Uma força-tarefa, formada pela Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público, vai investigar os demais envolvidos, rastrear e congelar ativos suspeitos. A polícia já bloqueou uma conta com R$ 270 milhões que recebeu parte do dinheiro desviado. Os celulares e computadores apreendidos na casa de Roque também serão analisados.

A investigação aponta que o grupo de hackers é de São Paulo, já que o primeiro contato com Roque aconteceu em março, na saída de um bar na rua onde ele mora. Ele relatou ainda que trocava de celular a cada 15 dias para evitar rastreamento.

Em resumo: um golpe milionário, uma investigação em andamento e a busca por respostas sobre como um ataque tão sofisticado pôde acontecer. A gente fica de olho nos próximos capítulos dessa história.

Fonte da Matéria: g1.globo.com