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Gilberto Gil lamenta a morte da filha, Preta Gil: “Sempre tive orgulho de você”

A notícia da morte de Preta Gil, aos 47 anos, em Nova York, no domingo (20), causou comoção nacional. A cantora, que lutava contra um câncer no intestino e passava por um tratamento experimental nos Estados Unidos, entre Nova York e Washington, deixou uma lacuna imensa no cenário musical brasileiro. Nesta quinta (24), Gilberto Gil, seu pai e ícone da MPB, quebrou o silêncio nas redes sociais. Em uma postagem emocionante, ele compartilhou um vídeo da filha se apresentando e um trecho de entrevista onde Preta fala sobre o incentivo do pai para cantar suas próprias músicas. “Sempre tive orgulho de você, filha, e vou ter pra sempre”, escreveu Gil, com a voz embargada pela dor, imagino.

O velório de Preta está marcado para sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A Prefeitura carioca já anunciou que diversas ruas no entorno do teatro terão interdições para garantir a segurança e o acesso dos fãs que queiram se despedir. A CET-Rio, Guarda Municipal, Comlurb e a COR (Centro de Operações e Resiliência) vão trabalhar juntas nessa operação. Olha só que emocionante: o cortejo vai passar pelo circuito dos megablocos, que inclusive leva o nome da artista, em homenagem à sua paixão pelo carnaval carioca e ao seu icônico “Bloco da Preta”. Ela era, de fato, uma força da natureza!

Preta Gil, filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, trilhou uma trajetória brilhante. Inicialmente, trabalhou como produtora e publicitária, mas aos 29 anos, se jogou de cabeça na música, lançando seu primeiro álbum, “Prêt-à-Porter”. O disco, que trazia o hit “Sinais de Fogo” (composição de Ana Carolina), gerou bastante repercussão, inclusive pela capa ousada, com a cantora nua. Acho que foi um ato de ousadia e autoconfiança que marcou sua personalidade.

Em 2005, veio “Preta”, com sucessos como “Muito Perigoso” e “Eu e você, você e eu”. Em 2010, “Noite Preta” a levou a viajar o Brasil inteiro por sete anos com uma turnê inesquecível. Depois do sucesso da turnê, ela criou o “Baile da Preta”, um show super eclético que refletia sua paixão pela música brasileira, de Caetano Veloso e Gilberto Gil a Aviões do Forró e Psirico. Que mulher incrível, né? Ela transcendeu gêneros e estilos!

Além da música, Preta também se destacou na TV com o programa “Vai e vem”, com um cenário inusitado: um elevador! Ela recebia convidados para conversar sobre sexo de forma inteligente e divertida, longe da vulgaridade. Em entrevista a Jô Soares, ela mesma explicou essa proposta.

E, claro, não podemos esquecer o “Bloco da Preta”, um dos maiores blocos de carnaval do Rio. Em 2017, a festa chegou a reunir mais de 500 mil foliões em uma homenagem a Chacrinha. Foi uma demonstração de força e influência cultural. Sua energia contagiante deixou uma marca indelével no carnaval carioca. A cidade está de luto. Preta Gil deixa um legado artístico e cultural inesquecível.

Fonte da Matéria: g1.globo.com