A British Petroleum (BP), gigante petrolífera britânica, anunciou na manhã desta segunda-feira (4), uma descoberta monumental: a maior reserva de petróleo e gás da empresa nos últimos 25 anos! A localização? As águas profundas da Bacia de Santos, a quase 404 quilômetros do Rio de Janeiro, a impressionantes 2.372 metros de profundidade. Olha só que incrível! Estamos falando de uma área do pré-sal, como informou a própria BP na semana passada.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a área da descoberta, um bloco batizado de “Bumerangue”, ainda está na fase de exploração – a primeira etapa do contrato. Nessa fase, a BP, detentora de 100% da participação no bloco (com a Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA atuando como gestora do contrato de partilha da produção), realiza estudos geológicos, como pesquisas sísmicas e perfurações, para identificar possíveis reservatórios. A ANP exige que a empresa notifique a agência caso haja indícios de hidrocarbonetos, o que aconteceu com a BP.
“A descoberta tá numa fase bem inicial de avaliação”, explicou a ANP em comunicado. “Por enquanto, a empresa só comunicou a presença de hidrocarbonetos no poço, por meio de uma notificação oficial”, completou a agência.
Para João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia, o anúncio é extremamente positivo. “Isso mostra que o pré-sal ainda tem um potencial enorme. Mas, claro, isso não quer dizer que devemos parar de procurar novas fronteiras exploratórias, como na margem equatorial, na bacia do Pelotas, no Rio Grande do Sul”, afirmou Marques.
Vale lembrar que a BP adquiriu o direito de exploração do bloco Bumerangue em 2022, num leilão em que a empresa se comprometeu a destinar uma porcentagem do lucro óleo (a parcela do petróleo que sobra após cobrir custos de produção e investimentos) à União. Na ocasião, a BP ofereceu nada menos que 5,9% do lucro óleo ao governo brasileiro.
E agora? Quais os próximos passos? Se a BP não encontrar reservatórios comercialmente viáveis na área, pode devolvê-la à ANP, que a incluirá em futuras licitações. Mas, se a descoberta for confirmada, a empresa precisará avaliar a jazida para verificar a viabilidade da produção em larga escala. Caso os estudos apontem para uma produção comercialmente rentável, a BP terá que apresentar à ANP uma “declaração de comercialidade” e, depois de um prazo legal, um plano de desenvolvimento da área. Aí sim, com a instalação da infraestrutura necessária, a produção de petróleo e/ou gás natural finalmente começará, conforme explica a ANP. Em resumo, a descoberta é promissora, mas ainda há um longo caminho a percorrer!
Fonte da Matéria: g1.globo.com