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Gaza: Israel Abre Corredores Humanitários Temporários em meio a Crise Alimentar

Olha só, Israel anunciou no sábado (26) uma pausa humanitária em Gaza, que começou neste domingo (27). A informação veio direto do Ministério das Relações Exteriores israelense, depois do Exército confirmar a retomada do envio de alimentos por via aérea e a abertura de corredores humanitários. Na real, a decisão surge em meio à pressão internacional gigante pela crise humanitária brutal que assola a região controlada pelo Hamas. Baixe já o app do g1 e fique por dentro de tudo em tempo real!

Desde março, a entrada de ajuda humanitária tá totalmente bloqueada. E, desde maio, tudo tá concentrado na Fundação Humanitária de Gaza, uma entidade, digamos, polêmica. Apoiada por Israel, ela sofre críticas pesadas da ONU.

Segundo as Forças Armadas de Israel, o envio aéreo incluiu sete paletes com farinha, açúcar e comida enlatada, doadas por ONGs internacionais. Mas, sabe?, especialistas afirmam que esse método aéreo não é a melhor solução. O impacto é limitado, e não há garantia de que a comida chegue realmente à população. A ONU, por sua vez, afirma que a saída é acabar com os bloqueios terrestres.

A pausa humanitária vai durar 10 horas por dia, das 10h às 20h (horário local), em três áreas: Al-Mawasi (uma área humanitária na costa), Deir al-Balah (região central) e a Cidade de Gaza (norte), segundo a Reuters. Além disso, o Exército garante rotas seguras para caminhões com mantimentos e remédios, das 6h às 23h, a partir deste domingo.

Tom Fletcher, chefe humanitário da ONU, disse que as equipes vão trabalhar pesado para alimentar a população durante esses intervalos. “Nossas equipes vão fazer o possível para alcançar o máximo de pessoas famintas nesse período”, escreveu ele no X (antigo Twitter).

Uma imagem forte: palestinos carregando ajuda que entrou em Gaza por meio de Israel em Beit Lahia, no norte da Faixa, neste domingo (27). (Foto: Ebrahim Hajjaj/Reuters)

A ONU descreve a situação como um “show de horrores”. Mais de 100 ONGs denunciam “fome em massa”. Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, disse na quinta (24): “‘As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes’, me disse um colega em Gaza hoje de manhã”. Um vídeo da Reuters mostrou crianças com desnutrição severa em um hospital de Khan Younis. O Programa Mundial de Alimentos (WFP) afirmou na sexta (25) que quase um terço da população palestina “fica dias sem comer”.

O governo Netanyahu culpa a ONU e o Hamas por impedir que a comida chegue à população. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, a operação militar israelense já matou mais de 59 mil palestinos, a maioria civis. O ataque terrorista do Hamas em 2023 deixou 1,2 mil mortos em Israel – também a maioria civis – e 250 reféns. A situação é, no mínimo, desesperadora.

*Com informações da Reuters e AP.

Fonte da Matéria: g1.globo.com