Olha só, que reviravolta! O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, soltou uma bomba nesta segunda-feira (11): o famigerado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, na real, virou uma “oportunidade de proteção” para o nosso país. Isso mesmo que você leu!
Durante uma palestra na Reunião do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Galípolo cravou: “A pouca dependência comercial com os EUA, antes vista como uma desvantagem, com esse tarifaço virou uma proteção”. Tipo assim, uma benesse inesperada no meio do furacão.
Ele lembrou que o balanço de riscos do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro já previa os riscos dessas tarifas anunciadas pelo então presidente americano, Donald Trump, prevendo, inclusive, uma perda para nossa economia. Era um cenário preocupante, né?
Mas agora, com essa sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros, a coisa mudou um pouco de figura. Galípolo destacou que os questionários pré-Copom mostram os economistas caminhando em direções diferentes.
Algumas análises indicam que, com o redirecionamento das exportações para o mercado interno, os preços aqui podem cair no curto prazo. Bacana, né? Porém, com a tensão nas negociações com os EUA, existe o risco do real se desvalorizar frente ao dólar, o que, infelizmente, pode pressionar a inflação no médio prazo. É a velha balança, sabe?
“Agora, os impactos na atividade econômica, o quanto essa situação vai afetar a economia, como a perda de empregos em alguns setores que vão ter que encontrar outros destinos para as exportações, ainda não foi totalmente incorporado pelos economistas”, ponderou Galípolo. Ainda tem muita coisa em aberto, né?
Sobre a Selic, a taxa básica de juros, a previsão dele é que o patamar elevado deve continuar. Ou seja, a gente ainda deve esperar juros altos por um tempo.
*Matéria em atualização
Fonte da Matéria: g1.globo.com