Forças militares israelenses abriram fogo contra forças de paz das Nações Unidas no sul do Líbano neste domingo (9), em um incidente que a missão de paz da ONU classificou como uma violação grave. Ninguém das forças da ONU ficou ferido.
Soldados israelenses atiraram contra dois suspeitos na área de El Hamames, perto da fronteira israelense, e só depois perceberam que eram soldados da força de paz da ONU, segundo comunicado dos militares.
Os militares afirmaram que as forças de paz foram identificadas erroneamente devido às más condições climáticas. O incidente está sendo analisado, de acordo com o comunicado.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) informou que as forças israelenses dispararam de um tanque Merkava, posicionado dentro do território libanês, contra os mantenedores da paz, que estavam a pé. Os disparos de metralhadora pesada caíram a cinco metros dos soldados da ONU, que precisaram buscar abrigo.
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O tanque israelense se retirou após os membros da força de paz entrarem em contato com os militares israelenses pelos canais oficiais, informou a Unifil.
A Unifil classificou o incidente como uma “grave violação” da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que determina que nenhuma força armada deve operar no sul do Líbano, exceto as forças de paz da ONU e os militares libaneses.
As forças armadas libanesas afirmaram, em comunicado, que as violações israelenses de sua soberania causam instabilidade no país e impedem que suas próprias forças se posicionem no sul.
Militares israelenses ocupam cinco postos no Líbano e frequentemente realizam ataques aéreos no sul do país, que, segundo eles, têm como alvo o grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã.
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Israel e o Hezbollah concordaram com um cessar-fogo no ano passado, que exigia que o grupo militante libanês não tivesse armas no sul e que as forças israelenses se retirassem totalmente do Líbano.
Israel acusa o Hezbollah de tentar se rearmar, enquanto o governo do Líbano acusa Israel de violar o acordo por não se retirar e continuar realizando ataques aéreos.
Fonte da Matéria: g1.globo.com