** Olha só! Os analistas do mercado financeiro cortaram, pela oitava semana seguida, a estimativa de inflação para este ano. Segundo o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC), essa revisão é resultado de uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
A expectativa para a inflação em 2025, por exemplo, caiu de 5,17% para 5,10%. Ainda assim, isso fica bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Já pensou? Uma diferença considerável!
Para 2026, a previsão também teve uma leve queda, passando de 4,50% para 4,45%. Em 2027, a expectativa se manteve estável em 4%, enquanto para 2028 houve um pequeno recuo, de 3,81% para 3,80%.
Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é uma inflação de 3%, considerada atingida se a variação ficar entre 1,5% e 4,5%. Na prática, o BC precisa ajustar a taxa de juros para manter a inflação dentro dessa faixa. E isso não é tão simples assim… A Selic, a taxa básica de juros, leva de seis a 18 meses para surtir efeito total na economia. Por isso, o Banco Central tem que prever o futuro e, no momento, está focado na expectativa de inflação em 12 meses até meados de 2026.
Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses é comparada com a meta e sua margem de tolerância. Se a inflação ficar fora dessa margem por seis meses seguidos, a meta é considerada descumprida. No caso de descumprimento, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos. Aliás, isso já aconteceu! Na semana passada, Galípolo enviou uma carta a Haddad justificando o estouro da meta em junho, explicando que a inflação ficou acima do teto (4,5%) nos doze meses até junho devido a fatores como a atividade econômica aquecida, o câmbio, o custo da energia e eventos climáticos adversos.
Por que isso tudo importa? Bom, inflação alta significa menor poder de compra, principalmente para quem ganha menos. Simplesmente porque os preços sobem sem que os salários acompanhem esse ritmo. É crucial entender essa relação entre inflação e o dia a dia.
**PIB e outras projeções:**
A previsão do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 se manteve em 2,23%. Para quem não sabe, o PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, sendo um indicador fundamental da saúde da economia. Já para 2026, a expectativa de crescimento do PIB caiu de 1,89% para 1,88%.
A projeção para a taxa básica de juros (Selic) permaneceu inalterada em 15% ao ano para o fim de 2025 – o nível atual – e em 12,50% ao ano para o fim de 2026. Para 2027, a projeção continuou em 10,50% ao ano.
Outras estimativas importantes do Boletim Focus incluem: a taxa de câmbio para o fim de 2025 em R$ 5,65 e R$ 5,70 para o fim de 2026; um superávit na balança comercial (exportações menos importações) estimado em US$ 69,3 bilhões para 2025 (queda de US$ 70,9 bilhões) e US$ 75,2 bilhões para 2026 (queda de US$ 77,9 bilhões); e investimentos estrangeiros diretos projetados em US$ 70 bilhões tanto para 2025 quanto para 2026.
Fonte da Matéria: g1.globo.com