Olha só que notícia! Pelo décimo semana seguida, os economistas do mercado financeiro cortaram a previsão de inflação para 2025. E não é só isso, a projeção para 2026 também teve um leve recuo. Tudo isso consta no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC), resultado de uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. A pesquisa foi feita na semana anterior à publicação do boletim.
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A estimativa para a inflação em 2025 caiu de 5,09% para 5,07%. Ainda assim, tá bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Já para 2026, a previsão baixou de 4,44% para 4,43%. Para 2027 e 2028, as expectativas se mantiveram em 4% e 3,80%, respectivamente.
Desde o início de 2025, com a adoção da meta de inflação contínua, o objetivo é manter a inflação em 3%, com uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%. A responsabilidade de manter a inflação dentro dessa faixa é do Banco Central, que mexe nos juros para alcançar esse objetivo. Na prática, o BC precisa ter uma visão de futuro, pois os efeitos da taxa Selic na economia demoram entre seis e 18 meses para serem sentidos plenamente. Por isso, eles consideram a expectativa de inflação acumulada em 12 meses até meados de 2026.
Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses é comparada com a meta e sua margem de tolerância. Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses seguidos, a meta é considerada não cumprida. Em caso de descumprimento, o BC precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o porquê.
É importante lembrar que, com a inflação acima do teto da meta por seis meses consecutivos até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, teve que enviar uma dessas cartas ao ministro Haddad. Segundo Galípolo, a inflação brasileira ultrapassou os 4,5% no acumulado de 12 meses até junho por causa de uma combinação de fatores: atividade econômica aquecida, variação cambial, custo da energia elétrica e problemas climáticos.
Por que isso tudo importa? Simples: inflação alta significa menor poder de compra, principalmente para quem ganha menos. Os preços sobem, mas os salários nem sempre acompanham esse ritmo. A gente precisa entender essa relação entre inflação e o nosso dia a dia.
**Outras projeções do mercado:**
* **PIB:** A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 ficou em 2,23%. Para 2026, houve uma pequena queda, de 1,89% para 1,88%. Lembrando que o PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, sendo um indicador chave do desempenho econômico.
* **Taxa de Juros:** A previsão para a taxa básica de juros se manteve em 15% ao ano para o final de 2025 – o nível atual. Para o fim de 2026, a projeção continuou em 12,50% ao ano, e para 2027 em 10,50% ao ano.
* **Dólar:** A projeção para o dólar no fim de 2025 ficou em R$ 5,60, e em R$ 5,70 para o fim de 2026.
* **Balança Comercial:** A previsão é de superávit na balança comercial em 2025, mas recuou de US$ 66,7 bilhões para US$ 65,3 bilhões. Já para 2026, a estimativa subiu de US$ 70 bilhões para US$ 70,8 bilhões.
* **Investimento Estrangeiro:** A expectativa de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil se manteve em US$ 70 bilhões tanto para 2025 quanto para 2026.
Fonte da Matéria: g1.globo.com