** Julho foi um mês histórico para as exportações brasileiras de carne bovina! A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) divulgou números impressionantes: 366 mil toneladas embarcadas, um aumento de 27,4% em comparação com o mesmo período de 2024. Olha só o crescimento no valor também: 48% a mais que julho do ano passado! Incrível, né?
Mas nem tudo são flores… Apesar desse recorde geral, as vendas para os Estados Unidos, segundo maior comprador da nossa carne, têm apresentado uma queda preocupante. De abril para cá, a situação piorou. Em abril, as exportações para os EUA chegaram ao pico de US$ 306 milhões, mas em julho caíram para US$ 183 milhões. Isso tá me deixando um pouco apreensivo.
Essa queda, na real, ainda não reflete totalmente o impacto do famigerado “tarifaço” de 50% imposto pelo ex-presidente Donald Trump, que só entrou em vigor em 6 de agosto. Mas a sobretaxa de 10%, aplicada desde abril, já começou a dar seus sinais. A gente precisa ficar de olho!
Por outro lado, a China, nossa principal cliente, continua firme e forte, com um aumento de 14% nas compras, gerando uma receita de US$ 4,082 bilhões entre janeiro e julho. Eles responderam por 44,5% de todas as nossas vendas externas nesse período. Ufa! Ainda bem que temos a China como grande aliada.
O Chile, em terceiro lugar, também aumentou suas importações em 20%, até julho de 2025. E o México, que surpreendeu a todos, pulou da 22ª posição em 2024 para a quarta, com um crescimento absurdo de 196% nas importações, saltando de 22 mil toneladas para 67 mil toneladas em 2025. Impressionante!
No acumulado de janeiro a julho, o Brasil exportou 2 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. Neste período, 124 países aumentaram suas compras, enquanto 48 reduziram. É um cenário complexo, com altos e baixos.
Em resumo: um ano de altos e baixos para o setor. O recorde de julho mostra a força da produção brasileira, mas a queda nas exportações para os EUA, mesmo antes do tarifaço completo, acende um sinal de alerta. A gente precisa acompanhar de perto os próximos meses para entender o impacto total dessa nova política comercial americana. Afinal, o risco de perder US$ 1 bilhão em 2025 com as vendas para os EUA é uma ameaça real, como já apontado em outras matérias.
Fonte da Matéria: g1.globo.com
