Um estudo recente do Bureau of Labor Statistics (BLS), o “IBGE americano”, projetou as mudanças no mercado de trabalho dos EUA até 2034. A pesquisa aponta tendências interessantes, gente! Mudanças estruturais, como o envelhecimento da população e a transformação digital, vão mexer bastante com o mercado. Olha só: saúde, assistência social, serviços científicos e tecnológicos, TI, mídia digital… esses setores devem crescer bastante!
Mas, calma, a gente não pode esquecer que nem tudo são flores. Alguns setores devem encolher. A previsão é que a economia americana crie 5,2 milhões de empregos líquidos até 2034, um crescimento de 3,1%, um ritmo mais lento que na década passada, mas ainda assim significativo.
E quais são os setores que devem bombar? A lista do BLS mostra um crescimento expressivo na área da saúde e assistência social (+8,4%), impulsionado pelo envelhecimento populacional e o aumento de doenças crônicas. Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas… a demanda vai ser enorme, seja em hospitais, em domicílio ou em instituições de longa permanência.
Na sequência, aparecem os serviços profissionais, científicos e técnicos (+7,5%). Inteligência artificial, análise de dados, softwares… tudo isso tá bombando e precisa de gente especializada. Consultorias e pesquisas também devem crescer bastante.
A área de informação – TI, mídia digital e telecomunicações – também se destaca (+6,5%). Streaming, conteúdo online, internet ultrarrápida… tudo isso sustenta essa expansão.
Construção (+4,4%), transporte e armazenamento (+3,0%) também devem crescer. O e-commerce, por exemplo, tá aumentando a demanda por motoristas, operadores de armazém e profissionais de logística. Hospedagem e alimentação (+3,9%), artes e entretenimento (+5,1%) também devem se beneficiar da retomada pós-pandemia e de novas formas de consumo.
Agora, a parte menos animadora: alguns setores devem encolher. O comércio varejista (-1,2%), com o avanço do e-commerce e da automação, vai precisar de menos vendedores em lojas físicas. A mineração, petróleo e gás (-1,6%) também devem sentir os impactos da automação, com robôs e drones aumentando a eficiência, mas reduzindo a mão de obra.
**E o Brasil, como fica?**
Apesar das semelhanças com os EUA em termos de envelhecimento populacional e avanço tecnológico, a consultora de carreiras Taís Targa aponta que o Brasil tem suas particularidades. Questões políticas, sociais e econômicas, além da burocracia, podem atrasar os impactos dessas mudanças. “Não sei se os impactos da transição energética, por exemplo, serão sentidos no médio prazo”, afirma Taís. Ela estima que o Brasil adota novas tendências com cerca de cinco anos de atraso em relação aos EUA, embora o avanço tecnológico recente possa estar diminuindo essa diferença. Outro ponto crucial é o custo da mão de obra: com salários mais baixos, nem sempre compensa para as empresas investir em automação.
Mas nem tudo está perdido! A transição energética, por exemplo, é uma área em que o Brasil pode se destacar. A crescente demanda por eletricidade, carros elétricos e data centers impulsiona o setor de energias renováveis, abrindo espaço para engenheiros, técnicos e operadores de sistemas em áreas como solar, eólica e geotérmica. A fabricação de baterias e componentes elétricos também promete gerar quase 50 mil novas vagas.
**Como o BLS fez essa projeção?**
O BLS utiliza dados históricos de produtividade, avanços tecnológicos já consolidados e mudanças demográficas para criar suas projeções, que são revisadas anualmente. O estudo considera um cenário de pleno emprego, sem crises econômicas inesperadas. Embora mais lenta que na década passada, a projeção do BLS mostra como mudanças sociais, tecnológicas e ambientais vão moldar o futuro do trabalho nos EUA. Vale lembrar que são projeções, não previsões absolutas.
Fonte da Matéria: g1.globo.com