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EUA intensificam sanções contra o Brasil: esposa de Moraes entra na mira

A decisão do governo Trump de incluir Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes do STF, em uma lista de sanções sob a Lei Magnitsky, gerou forte repercussão internacional. O *The Washington Post*, por exemplo, classificou a medida como uma “escalada de tensões diplomáticas” entre os EUA e o Brasil. A sanção, anunciada na segunda-feira (22/9), faz parte de um pacote de punições contra autoridades brasileiras, uma sequência de ações americanas contra o país que vem se intensificando desde meados do ano.

Além de Viviane, o Lex – Instituto de Estudos Jurídicos, empresa da advogada e de seus três filhos, Gabriela, Alexandre e Giuliana Barci de Moraes, com sede em São Paulo, também foi alvo das sanções. Olha só que situação! Em outra frente, os EUA revogaram o visto do então advogado-Geral da União, Jorge Messias.

O *Washington Post* destacou a recusa de Moraes em ceder à pressão de Trump, citando uma entrevista recente em que o ministro afirmou que não recuaria “nem um milímetro”. “Trump, que também foi acusado de tentar se manter no poder após uma derrota eleitoral, tentou pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar as acusações contra Bolsonaro”, escreveu o jornal. A publicação ainda menciona que autoridades ligadas a Trump tentaram pintar Moraes como um opressor da liberdade de expressão. Me parece que a situação tá bem tensa, né?

O jornal americano lembra que as sanções da Lei Global Magnitsky, criada na era Obama, geralmente visam altos funcionários de países considerados inimigos, como Coreia do Norte e Irã, ou indivíduos envolvidos em crimes de guerra e graves violações de direitos humanos.

O *El País*, por sua vez, ressaltou que Viviane Moraes agora figura ao lado de criminosos internacionais na lista de sancionados, incluindo membros do cartel de Sinaloa e indivíduos ligados ao Irã. “Durante semanas, antecipava-se no Brasil que a esposa de Moraes seria a próxima vítima da retaliação econômica politicamente motivada que os EUA vêm impondo ao Brasil”, observou o jornal espanhol. Na real, a expectativa era grande por essa sanção.

A Al Jazeera informou que os advogados dos sancionados recorrerão, mas que, segundo juristas, as chances de sucesso são pequenas. A rede de notícias definiu as sanções como um aprofundamento da crise diplomática entre as duas maiores democracias do Hemisfério Ocidental. Uma crise bem séria, diga-se de passagem.

Além de Viviane e Jorge Messias, outras autoridades e seus familiares próximos, todos ligados ao Judiciário e à Justiça Eleitoral, tiveram seus vistos americanos cancelados: Airton Vieira (desembargador no TJ-SP), Benedito Gonçalves (ex-ministro do TSE), Cristina Yukiko Kusahara Gomes (chefe de gabinete de Moraes), José Levi (ex-AGU e secretário-geral da presidência do TSE), Marco Antonio Martin Vargas (desembargador no TJ-SP) e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha (juiz auxiliar de Moraes). Uma lista extensa, né? Isso indica uma ação bastante contundente dos EUA.

Fonte da Matéria: g1.globo.com