A tensão entre os EUA e a Venezuela tá alta! Há mais de uma semana, uma força-tarefa naval americana, incluindo seis navios de guerra e um submarino nuclear, se movimenta pelo sul do Caribe, perto da costa venezuelana. Washington jura que a operação visa combater o tráfico de drogas, mas Maduro, o presidente venezuelano, vê isso como uma ameaça direta, e olha que não é pouco!
A operação, porém, não tá sendo um mar de rosas. Primeiro, o furacão Erin atrapalhou tudo, fazendo o esquadrão anfíbio, que havia partido de Norfolk em 14 de agosto, retornar à base cinco dias depois. Depois, houve idas e vindas em relação à chegada dos navios, com anúncios que foram desfeitos. Tipo assim, um verdadeiro vai-e-vem.
No dia 19 de agosto, um dia depois da imprensa americana divulgar a movimentação da frota, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, soltou os cachorros: os EUA usariam “toda a força” contra Maduro, que ela classificou como “fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista”. Nossa! A declaração deixou claro que o alvo não é só o narcotráfico.
Segundo agências como Reuters e Associated Press, a força-tarefa inclui os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson – capazes de atacar alvos aéreos, submarinos e terrestres – e o esquadrão anfíbio com os navios USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Fort Lauderdale, que podem ser usados em operações de invasão. Além disso, há relatos de aviões espiões P-8 Poseidon na região. Imagina só o poder de fogo!
Fontes da Reuters se recusaram a dar detalhes da operação, mas o cientista político Carlos Gustavo Poggio disse ao g1 que o armamento, incluindo mísseis, não é o ideal para combater cartéis. Para ele, o efetivo militar deslocado é “extremamente eficaz” para uma invasão. Faz sentido, né?
Na segunda-feira (25), o Departamento de Defesa dos EUA divulgou imagens de militares simulando uma missão a bordo do USS Iwo Jima, no Atlântico, sem dar mais detalhes. Mistério total!
Um dos contratempos foi a visita prevista do USS Jason Dunham a Curaçao para reabastecimento, anunciada pelo primeiro-ministro Gilmar Pisas na segunda (25) para quinta (28). No dia seguinte, o governo de Curaçao anunciou o cancelamento da visita, sem explicar os motivos. Será que o anúncio do primeiro-ministro influenciou a decisão americana? Difícil dizer. Na mesma coletiva, Pisas pediu à população para não viajar para a Venezuela.
Maduro, acusado pelos EUA de liderar o Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista internacional, reforçou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para defender o país, gritando: “Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela!”. A Venezuela também enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia, após o governo colombiano descartar colaboração com Maduro e a afirmação de que os EUA estariam usando o narcotráfico como desculpa para uma invasão.
A Venezuela, inclusive, já enviou um documento à ONU classificando as ações americanas como uma “grave ameaça à paz e à segurança regional”, pedindo monitoramento da situação. A Venezuela afirma que os navios americanos devem chegar à sua costa no início da próxima semana. Países como Argentina, Equador, Paraguai e Guiana seguiram os EUA e também declararam o Cartel de los Soles como organização terrorista. Trinidad e Tobago também apoiou a ação militar americana. A situação tá tensa, hein?
Fonte da Matéria: g1.globo.com