A Reuters divulgou nesta sexta-feira (5) que, a mando do então presidente Donald Trump, dez caças F-35 serão enviados a Porto Rico para operações contra cartéis de drogas no Caribe. Essa decisão, olha só, acontece num cenário de tensão crescente com a Venezuela. A forte presença militar americana no sul do Caribe já existia, mas agora tá recebendo um reforço e tanto!
Na quarta-feira (3), Trump anunciou um ataque a um barco venezuelano carregado de drogas em águas internacionais. Segundo ele, a ação visava o “Tren de Aragua”, um grupo narcoterrorista, resultando na morte de 11 criminosos. Nossa, que situação!
No dia seguinte, a tensão subiu ainda mais: dois caças venezuelanos armados sobrevoaram o destróier USS Jason Dunham, no Caribe. O Departamento de Defesa americano classificou a ação como “altamente provocativa”. A Casa Branca, por sua vez, acusa o presidente Nicolás Maduro de liderar o “Cartel dos Sóis”, uma organização “terrorista” ligada a outros grupos como o próprio Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa.
Os F-35, segundo fontes do governo americano, vão atuar diretamente contra essas organizações narcoterroristas na região. A previsão é que os aviões cheguem ao local no final da semana seguinte à publicação da notícia.
A Força Aérea americana descreve o F-35A Lightning II como um “caça multifuncional ágil, versátil, de alto desempenho e com capacidade para 9g que combina furtividade, fusão de sensores e consciência situacional sem precedentes”. Me parece que é uma máquina de guerra impressionante! O jato possui sensores avançados, oferecendo, segundo os EUA, “uma vantagem decisiva sobre todos os adversários”. Com mais de 10 metros de envergadura e velocidade máxima de aproximadamente 1953 km/h em altitude, o F-35 tem capacidade para carregar armamentos interna e externamente.
Esse envio de caças acontece num momento de forte escalada entre os EUA e a Venezuela. Trump havia declarado a luta contra o narcotráfico como prioridade e, em julho, autorizou secretamente ataques a cartéis latino-americanos considerados “terroristas”. No mesmo mês, Washington declarou o Cartel dos Sóis, liderado por Maduro, como organização terrorista. Em agosto, a recompensa por informações que levem à captura de Maduro subiu para US$ 50 milhões.
Nos últimos dias, a presença militar americana no Caribe aumentou significativamente, incluindo destróieres, o grupo anfíbio de Iwo Jima, um submarino nuclear, aeronaves de reconhecimento P-8 e 4.500 fuzileiros navais. Uma força considerável, não é mesmo?
Após o ataque ao barco venezuelano, o sobrevoo dos caças venezuelanos sobre o USS Jason Dunham aumentou ainda mais as tensões. O Departamento de Defesa americano considerou o ato uma grave provocação. A Venezuela, até então, não se pronunciou sobre a acusação.
Alan McPherson, especialista em relações EUA-América Latina da Temple University, comparou essa concentração de forças navais a situações do passado, afirmando que não via algo similar desde 1965. Ele pondera que o objetivo dos EUA não é totalmente claro, podendo ser desde um ataque cirúrgico a traficantes até uma tentativa de intimidar Maduro ou mesmo fomentar uma revolta interna na Venezuela.
Maduro, por sua vez, rejeitou as acusações americanas, classificando-as como uma tentativa de derrubá-lo. Em resposta, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, afirmando que um ataque à Venezuela resultaria em uma luta armada imediata e na declaração de “república em armas”. Essa declaração foi feita na segunda-feira, após um novo mandato de Maduro, considerado fraudulento por grande parte da comunidade internacional. A situação, na real, é extremamente tensa e complexa.
Fonte da Matéria: g1.globo.com