Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Notícias

EUA e Venezuela: A escalada da tensão e o risco de conflito

A situação entre os EUA e a Venezuela tá pegando fogo! A gente viu, nos últimos dias, uma série de eventos que deixaram todo mundo de cabelo em pé e aumentaram o temor de uma intervenção militar americana. Tudo começou com a decisão de Donald Trump de aumentar a recompensa por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro.

Olha só: em 7 de agosto, a recompensa subiu de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões – cerca de R$ 270 milhões, segundo a cotação da época. A procuradora-geral Pam Bondi justificou o aumento, dizendo que Maduro representa uma ameaça à segurança nacional americana e é um dos maiores narcotraficantes do mundo. Isso, claro, irritou bastante o governo venezuelano.

No dia seguinte, 8 de agosto, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino Lopez, chamou as acusações de “tolas” numa aparição na TV. Ele, assim como Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz, também tem recompensa pela cabeça fixada pelos EUA.

Aí, as coisas começaram a esquentar de verdade. Em 14 de agosto, vazou a informação de que os EUA estavam mandando tropas para a América Latina, com foco no combate ao narcotráfico na região. Segundo a Reuters, o Pentágono deslocou forças aéreas e navais para o sul do Mar do Caribe. O The New York Times revelou que Trump tinha assinado, às escondidas, uma ordem autorizando o uso de força militar em países latino-americanos para esse fim.

No dia 19 de agosto, a porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, soltou o verbo: Trump usaria “toda a força” contra o regime de Maduro, classificando-o como “fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista”. Maduro respondeu na lata, anunciando a mobilização de 4,5 milhões de milicianos. Na mesma semana, três navios de guerra americanos foram posicionados perto da costa venezuelana.

Em 28 de agosto, Maduro apareceu de farda militar, visitando tropas e falando em “defender a soberania” contra a “guerra psicológica” de Trump. Ele também destacou o apoio da Colômbia nesse esforço de segurança na fronteira.

No dia 29 de agosto, a Venezuela pediu ajuda à ONU, numa carta dirigida a António Guterres, secretário-geral da organização, pedindo que a ONU pressionasse Trump a cancelar a operação naval. Caracas classificou a ofensiva como uma “ameaça gravíssima”.

Aí, a gente chega na segunda-feira, dia 1° de setembro. Maduro prometeu uma “luta armada” caso a Venezuela fosse atacada, dizendo que oito embarcações militares americanas, incluindo um submarino, com cerca de 1.200 mísseis, estavam “apontados” para o país. Ele considerou isso “a maior ameaça à América Latina do último século”. A Guiana, rival histórica da Venezuela, declarou apoio à incursão americana, o que provocou uma dura resposta de Caracas, acusando o país vizinho de criar uma “frente de guerra”. Vale lembrar que Venezuela e Guiana disputam a região de Essequibo, e Maduro chegou a promover um referendo em 2024 sobre a anexação da área, alegando vitória no pleito.

E, por fim, terça-feira, dia 2 de setembro: Trump divulgou um vídeo mostrando militares americanos atacando um barco no Caribe, alegando que a embarcação estava carregada de drogas e pertencia ao grupo Tren de Aragua, classificado como organização terrorista pelos EUA. Onze pessoas morreram no ataque. Ufa! A situação é, no mínimo, tensa e merece nossa atenção.

Fonte da Matéria: g1.globo.com