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EUA Congelam Envio de Armas à Ucrânia: Moscou Comemora, Kiev se Preocupa

Olha só que situação! O Pentágono anunciou na terça-feira uma suspensão no envio de alguns mísseis de defesa aérea e outras munições de precisão para a Ucrânia. A notícia caiu como uma bomba: Moscou comemorou, enquanto Kiev manifestou profunda preocupação. Afinal, os EUA são um aliado fundamental e principal fornecedor de armas para a Ucrânia nessa guerra contra a Rússia.

Segundo fontes da Reuters, a decisão americana se deve à preocupação com a baixa nos estoques americanos desses armamentos. Isso mesmo, tá faltando munição! Duas fontes ligadas à segurança nacional confirmaram a informação.

Na quarta-feira (2), o Kremlin, na pessoa do porta-voz Dmitry Peskov, não escondeu a alegria: “Quanto menos armamentos forem enviados à Ucrânia, mais rápido o conflito chegará ao fim”, declarou ele. Me parece que a Rússia tá apostando numa vitória rápida.

Já em Kiev, o clima é totalmente diferente. O governo ucraniano alertou que qualquer atraso na ajuda militar americana vai, na real, incentivar a Rússia. A Ucrânia precisa, e muito, do apoio consistente dos aliados para alcançar a paz. Tanto que o Ministério das Relações Exteriores ucraniano convocou o vice-chefe da embaixada americana em Kiev, John Ginkel, para uma reunião de emergência.

Em comunicado oficial, o ministério deixou claro: “Qualquer atraso ou procrastinação no apoio às capacidades de defesa da Ucrânia só encorajará o agressor a continuar a guerra”. Um parlamentar ucraniano chegou a classificar a decisão americana como “dolorosa” para os esforços de defesa contra os ataques aéreos russos, que, aliás, se intensificaram nas últimas semanas.

Entre os itens afetados pela suspensão estão interceptadores de defesa aérea cruciais para abater drones e mísseis russos. Armamentos que haviam sido prometidos à Ucrânia pelo governo Biden. Incrível, né? O Ministério da Defesa ucraniano afirmou que o governo russo sequer foi oficialmente notificado da pausa americana.

Esses armamentos são vitais! Com os ataques russos, que chegam a centenas de mísseis e drones a cada bombardeio, a situação tá crítica. Uma fonte militar ucraniana disse à AFP que será “difícil” se defender sem as munições americanas. “Atualmente, estamos seriamente dependentes do fornecimento de armas pelos americanos. Embora a Europa esteja fazendo o possível, será difícil para nós sem a munição dos Estados Unidos”, afirmou a fonte.

Desde que o presidente Donald Trump reassumiu a Casa Branca em janeiro, ele tem adotado uma postura mais conciliadora com a Rússia, buscando uma solução diplomática para a guerra e levantando dúvidas sobre o futuro do apoio militar americano à Ucrânia. No entanto, na semana passada, Trump disse que estava considerando vender mais mísseis Patriot para a Ucrânia após uma reunião com o presidente Volodymyr Zelensky. Uma reviravolta e tanto!

A Rússia, que controla cerca de um quinto do território ucraniano, se prepara para uma ofensiva terrestre de verão, avançando gradualmente em Donetsk e Sumy. A situação na Ucrânia já é difícil com a escassez de munições de 155 mm, usadas na artilharia da linha de frente. Um fonte da área de defesa ucraniana classificou os atrasos e a falta de suprimentos dos EUA como “algo bastante triste”.

Em nota, o Pentágono disse que está oferecendo ao presidente Trump opções para continuar a ajuda militar à Ucrânia, visando o fim da guerra. O subsecretário de políticas, Elbridge Colpor, afirmou que o departamento “está examinando e adaptando rigorosamente sua abordagem, preservando a prontidão das forças dos EUA conforme as prioridades de defesa da administração”.

Vale lembrar que toda a ajuda militar já foi brevemente interrompida em fevereiro, com uma segunda e mais longa pausa em março. A administração Trump retomou o envio do restante da ajuda aprovada sob Biden.

Enquanto isso, a guerra continua… e a tensão aumenta a cada dia.

Fonte da Matéria: g1.globo.com