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EUA acusam Moraes de cercear liberdade de expressão americana

Olha só! O Escritório de Diplomacia Pública do Departamento de Estado americano soltou uma bomba na quinta-feira (18): um tuíte no X (antigo Twitter) acusando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ser o “coração da perseguição e censura” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. E, acredite, eles foram além! A publicação afirma que essa atuação impacta diretamente a liberdade de expressão nos próprios EUA.

“Alexandre de Moraes tá no centro desse turbilhão de perseguição e censura contra Bolsonaro, que, por tabela, limitou a liberdade de expressão na América. Graças à força do presidente Trump e do secretário Marco Rubio, estamos ligados – e tomando as devidas providências”, escreveu o perfil oficial do escritório, que, na real, faz parte da estrutura diplomática americana e responde ao secretário de Estado.

A mensagem, aliás, veio por cima de um texto do próprio secretário de Estado americano, Marco Rubio, publicado na semana passada, também no X. Rubio foi direto: o presidente Trump “deixou claro que sua administração vai responsabilizar estrangeiros que promovem censura a expressões protegidas nos Estados Unidos” e cravou que as ações de Moraes são uma “caça às bruxas política”.

Ainda não sabemos que medidas os EUA estão considerando, mas a pressão diplomática contra o governo brasileiro aumentou consideravelmente. Essa crítica pesada ao Judiciário brasileiro, me parece, vem junto com outras ações da nova administração republicana, como a bomba de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA – que entra em vigor em 1º de agosto. O governo Lula, claro, vê esse “tarifaço” como uma retaliação política, principalmente por causa do julgamento de Bolsonaro no Supremo por tentativa de golpe de Estado.

Até o fechamento desta reportagem, o Itamaraty não tinha se pronunciado oficialmente. Mas, em outras ocasiões, o governo brasileiro já deixou claro que as decisões do STF são prerrogativas constitucionais do Poder Judiciário e que interferências externas nessa área não combinam com as regras da diplomacia internacional. A situação tá tensa, né?

Fonte da Matéria: g1.globo.com