O dólar disparou 0,17% às 11h desta segunda (11), chegando a R$ 5,4428. Ao mesmo tempo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 0,13%, fechando em 135.732 pontos. A tensão entre Brasil e EUA, depois de uma semana tensa, tá deixando todo mundo na expectativa. O governo Lula deve anunciar, até amanhã, o plano de ação contra a tarifa de 50% aplicada pelos EUA a produtos brasileiros.
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O mercado brasileiro tá de olho na fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, num evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A galera quer saber sobre o próximo corte da Selic. E, pra completar a semana, teremos o IPCA de julho.
Antes do IPCA, o Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado hoje, já trouxe novas projeções econômicas. Olha só: a estimativa de inflação para este ano caiu pela décima primeira semana seguida! Incrível, né?
Lá fora, Wall Street abriu estável. Uma semana cheia de indicadores econômicos que podem mudar os rumos dos juros nos próximos meses.
**Entenda a dança do dólar:**
* **Dólar:**
* Acumulado na semana: -1,96%
* Acumulado no mês: -2,95%
* Acumulado no ano: -12,04%
* **Ibovespa:**
* Acumulado na semana: +2,62%
* Acumulado no mês: +2,14%
* Acumulado no ano: +12,99%
**Governo se prepara para o ‘tarifaço’**
O governo deve finalizar, no começo da próxima semana, as medidas para enfrentar as tarifas americanas. A equipe do presidente Lula (PT) tá debatendo um plano de contingência para proteger a economia e as empresas afetadas pelo decreto de Donald Trump, que aumentou a taxa para 50%.
As medidas devem ser apresentadas a Lula ainda hoje. A expectativa é que o pacote seja anunciado até terça (12). O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, vai conversar por telefone com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O governo brasileiro acredita que essa aproximação pode ajudar a resolver a briga comercial.
Mas, mesmo com esse plano, o mercado ainda prevê impactos do “tarifaço”. Um relatório da Moody’s Analytics, divulgado hoje, estima uma queda de 0,2% no PIB brasileiro por causa das tarifas dos EUA.
O relatório também destaca que, apesar dos EUA representarem cerca de 12% das exportações brasileiras, o aumento das compras chinesas de produtos agrícolas deve amenizar os efeitos das tarifas com o tempo. Porém, o “Custo Brasil” continua encarecendo os produtos e prejudicando a competitividade. A Moody’s sugere que uma abertura gradual do mercado poderia melhorar a produtividade, aproximando o Brasil de países asiáticos exportadores.
**Agenda econômica movimenta a semana**
Nesta semana, os investidores acompanham as novas projeções do Boletim Focus do Banco Central. A pesquisa, feita com mais de 100 instituições financeiras, mostrou uma redução na projeção da inflação para este ano, pela décima primeira semana consecutiva! A projeção para 2026 também caiu.
A expectativa de crescimento do PIB em 2025 caiu de 2,23% para 2,21%. Já a projeção para a Selic em 2025 continua em 15% ao ano – o nível atual da taxa básica de juros.
Terça (12) tem o IPCA de julho, que pode influenciar a postura do Banco Central. Na quarta e quinta, serão divulgados os dados de vendas no varejo e do setor de serviços, respectivamente.
**Olhares voltados para os EUA**
Nos mercados globais, os EUA são o centro das atenções. Wall Street abriu com pouca movimentação, mas a semana será agitada por indicadores econômicos que podem impactar os juros.
O mundo inteiro tá esperando os dados de inflação americana (CPI). Inflação e mercado de trabalho são cruciais para as decisões do Federal Reserve (Fed).
A expectativa é que a desaceleração no mercado de trabalho americano leve o Fed a cortar os juros em setembro. Porém, a inflação ainda está acima da meta de 2%, o que preocupa.
Outro destaque é a Nvidia, que teria concordado em repassar 15% da receita com vendas de inteligência artificial na China para o governo americano. Segundo a imprensa, o CEO Jensen Huang se encontrou com Trump na Casa Branca para fechar o acordo.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte da Matéria: g1.globo.com