Movimento agitado nos mercados nesta segunda-feira (1º)! O dólar, gente, deu um salto de 0,44%, chegando a R$ 5,4460 por volta das 14h50. Já o Ibovespa, nosso principal índice da Bolsa, deu uma pequena escorregada de 0,36%, fechando os 140.914 pontos. Tá tudo meio parado, sabe? Afinal, é feriado do Trabalho nos EUA, e isso mexe com tudo.
Com Wall Street de portas fechadas, os investidores estão mais focados no cenário brasileiro. E o grande destaque da vez foi o Boletim Focus. Olha só: pela décima quarta semana seguida, a previsão de inflação para 2025 caiu! Incrível, né?
Mas calma, que a coisa não tá tão simples assim. Afinal, quando os mercados americanos fecham, o movimento aqui diminui bastante. As bolsas estão todas conectadas, então, menos gente operando lá, menos gente operando cá. Resultado? Um dia mais calmo, com menos ações sendo negociadas na nossa Bolsa.
O Boletim Focus, aliás, trouxe outras boas notícias. As previsões de inflação para 2025, 2026 e 2027 foram revisadas para baixo. Já as expectativas para o PIB, subiram! Isso é um sinal positivo pra economia, pelo menos a curto prazo.
Em terra tupiniquim, a S&P Global divulgou o PMI (Índice de Gerentes de Compras) da indústria. Em agosto, ele caiu para 47,7 pontos, uma queda em relação aos 48,2 pontos de julho. É o menor nível desde junho de 2023, e marca o quarto mês seguido abaixo dos 50 pontos – sinal de retração da atividade. A pesquisa apontou que a queda nas novas encomendas foi a mais acentuada em mais de dois anos, culpa das tarifas americanas, da demanda fraca e da baixa confiança dos consumidores. A Pollyanna De Lima, diretora da S&P Global Market Intelligence, disse que vários pedidos foram cancelados por causa dessas tarifas. Vale lembrar que, desde o começo de agosto, os EUA estão aplicando tarifas de 50% sobre vários produtos brasileiros, representando cerca de 36% das nossas exportações para lá. E tem mais: cerca de 20% das nossas exportações já sofrem com tarifas americanas, com alíquotas entre 25% e 50%.
No cenário internacional, todos os olhos estavam voltados para a cúpula da OCS (Organização de Cooperação de Xangai) em Tianjin, na China. Xi Jinping, Putin e Modi se encontraram, num encontro amistoso, apesar das tensões geopolíticas. A reunião aconteceu poucos dias depois de Trump impor tarifas pesadas sobre produtos indianos, em parte por causa da compra de petróleo russo pela Índia. Xi Jinping aproveitou para apresentar sua visão de uma nova ordem econômica e de segurança, mirando o “Sul Global” e criticando veladamente as políticas americanas. Putin e Modi, por sua vez, firmaram um acordo para expandir o comércio entre Rússia e Índia. A ideia, segundo especialistas, é mostrar uma união contra os EUA e mostrar que a Índia tem outras opções além dos Estados Unidos.
**Resumo dos números:**
**Dólar:**
* Acumulado na semana: -0,07%
* Acumulado no mês: -3,19%
* Acumulado no ano: -12,26%
**Ibovespa:**
* Acumulado na semana: +2,50%
* Acumulado no mês: +6,28%
* Acumulado no ano: +17,57%
**Inflação em queda:** O Boletim Focus mostrou uma redução na projeção da inflação para os próximos anos:
* 2025: de 4,86% para 4,85% (ainda acima do teto da meta de 4,5%)
* 2026: de 4,33% para 4,31%
* 2027: de 3,97% para 3,94%
* 2028: permanece em 3,80%
A projeção para o crescimento do PIB em 2025 subiu de 2,18% para 2,19%, e para 2026 de 1,86% para 1,87%. As projeções para a taxa Selic se mantiveram estáveis. A estimativa para o dólar no fim de 2025 caiu de R$ 5,59 para R$ 5,56, e para o fim de 2026, de R$ 5,64 para R$ 5,62.
Gesner Oliveira, da FGV, analisa que a situação econômica atual, com inflação mais baixa, crescimento moderado e emprego estável, cria um cenário mais favorável para o governo no período eleitoral.
**Fechamento das Bolsas:**
Nos EUA, feriado do Trabalho deixou Wall Street fechada. Na sexta-feira, antes do feriado, o Dow Jones caiu 0,20%, o S&P 500, 0,64%, e o Nasdaq, 1,15%.
As bolsas europeias fecharam em alta, recuperando-se da queda da semana passada. O STOXX 600 subiu 1,8%, o DAX (Alemanha) 0,57%, o FTSE 100 (Reino Unido) 0,10%, o CAC 40 (França) 0,05%, e o FTSE MIB (Itália) 0,51%.
Na Ásia, resultados mistos: Nikkei (Tóquio) -1,24%; Hang Seng (Hong Kong) +2,15%; SSEC (Xangai) +0,46%; CSI300 (Xangai e Shenzhen) +0,60%; Kospi (Seul) -1,35%; Taiex (Taiwan) -0,67%; Straits Times (Cingapura) +0,25%; S&P/ASX 200 (Sydney) -0,51%.
*Com informações da Reuters.
Fonte da Matéria: g1.globo.com