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** Dólar sobe, bolsa cai: EUA e política no Brasil ditam o ritmo dos mercados

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Nesta segunda-feira (8), o dólar deu um salto, subindo 0,21% e chegando a R$ 5,4237 por volta das 15h30. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, apresentou uma queda de 0,64%, fechando aos 141.727 pontos. A verdade é que, sem indicadores econômicos previstos para hoje, os investidores estão de olho nos EUA. A semana promete ser agitada por lá! Na quarta, sai o índice de preços ao produtor (PPI) e na quinta, o índice de preços ao consumidor (CPI). Se esses números forem fortes, a expectativa é de corte nos juros americanos.

Olha só: o preço do ouro no mercado spot bateu um recorde histórico hoje, ultrapassando pela primeira vez a marca de US$ 3.600,00 por onça-troy. Isso reforça a aposta de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, pode diminuir as taxas de juros já na próxima semana. Incidentalmente, essa é uma notícia que mexe bastante com os mercados globais.

Na Argentina, a situação tá bem diferente. Após a derrota do governo de Javier Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, os mercados financeiros desabaram. No começo do pregão, o índice S&P Merval caiu 11,5% na Bolsa de Buenos Aires, e o peso argentino despencou 5,14%, cotado a 1.440 por dólar. Uma verdadeira avalanche!

Ainda no cenário internacional, a Opep+ anunciou ontem (7) um aumento na produção de petróleo a partir de outubro. Desde abril, o grupo já vinha aumentando a oferta gradualmente, após anos de cortes. Essa decisão pode mexer com o preço das ações de empresas do setor e causar flutuações no câmbio. A gente precisa ficar de olho!

Por falar em Brasil, o Boletim Focus mostrou que as expectativas para a inflação em 2025 seguem em 4,85%. Para 2026, houve uma leve queda, de 4,31% para 4,30%. Já para 2027, a previsão caiu de 3,94% para 3,93%. Em relação à Selic, a expectativa continua em 15% para o final de 2025, 12,50% para 2026 e 10,50% para 2027. Essas projeções se mantêm estáveis há várias semanas. As previsões para o dólar também foram ajustadas, com uma pequena redução nas expectativas para os próximos anos.

**Resumo dos desempenhos:**

* **Dólar:** Acumulado na semana: -0,17%; Acumulado no mês: -0,17%; Acumulado no ano: -12,41%.
* **Ibovespa:** Acumulado na semana: +0,86%; Acumulado no mês: +0,86%; Acumulado no ano: +18,59%.

**Aumento na produção de petróleo:**

A Opep+ decidiu aumentar a produção de petróleo em 137 mil barris por dia a partir de outubro. Esse aumento é bem menor que os registrados em meses anteriores, indicando uma desaceleração no ritmo de crescimento, em linha com a expectativa de menor demanda global. A decisão também marca o início da reversão de uma segunda rodada de cortes, mais de um ano antes do previsto. Segundo Jorge Leon, analista da Rystad e ex-funcionário da Opep, a mensagem é mais importante que o volume em si: a Opep+ prioriza a participação de mercado, mesmo com o risco de preços mais baixos. Os preços do petróleo subiram no mercado internacional hoje, com o WTI avançando 1,97% para US$ 63,09 por barril e o Brent subindo 1,98% para US$ 66,80.

**Ouro atinge máxima histórica:**

O ouro no mercado spot ultrapassou os US$ 3.600,00 por onça pela primeira vez. Dados de emprego nos EUA reforçaram as expectativas de corte de juros pelo Fed na próxima semana. Peter Grant, vice-presidente e estrategista sênior de metais da Zaner Metals, acredita que o ouro pode continuar subindo, com qualquer queda sendo vista como oportunidade de compra. O crescimento do emprego nos EUA desacelerou em agosto, aumentando as chances de corte de juros pelo Fed. A ferramenta CME FedWatch indica 90% de chance de um corte de um quarto de ponto na reunião de setembro. Os preços do ouro subiram 38% este ano e 27% em 2024. A China ampliou suas compras de ouro pelo décimo mês seguido.

**Derrota de Milei:**

Javier Milei sofreu uma pesada derrota nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. Essa derrota, maior do que o esperado, abalou os mercados argentinos. Ações despencaram e títulos da dívida pública recuaram. O índice S&P Merval caiu 11,5%, e o peso argentino se desvalorizou 5,14%, atingindo um valor histórico mínimo. O Morgan Stanley aponta que os resultados aumentam a incerteza sobre reformas e financiamento externo. O foco agora está no nível de 1.464 pesos por dólar.

**Bolsas globais:**

Os índices S&P 500 e Nasdaq subiram, recuperando-se da queda anterior, impulsionados pela expectativa de corte de juros pelo Fed. O Dow Jones caiu levemente. Mercados europeus registraram ganhos, apesar da instabilidade política na França. Bolsas asiáticas fecharam em alta, com destaque para empresas de produtos básicos de consumo. O Nikkei subiu 1,45%, o Hang Seng 0,85%, o SSEC de Xangai 0,38% e o CSI300 0,16%. Seul, Taiwan e Cingapura também registraram alta, enquanto Sydney caiu 0,24%.

*Com informações da agência de notícias Reuters*

Fonte da Matéria: g1.globo.com