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Dólar sobe após discursos na ONU, mas encontro Lula-Trump acende sinal verde para o mercado

A quarta-feira (24) começou com o dólar em alta, subindo 0,35% e chegando a R$ 5,2976. Olha só, o Ibovespa, nosso principal índice da bolsa, abriu às 10h. A movimentação do mercado, na real, foi reflexo dos eventos da Assembleia Geral da ONU. Lula e Trump, cada um com seu discurso, pareciam mundos à parte. Mas aí veio a surpresa: um encontro relâmpago entre os dois, nos bastidores, num clima amistoso! E, acredite, Trump chegou a mencionar a possibilidade de uma reunião na semana que vem!

Ainda em Nova York, o presidente Lula participou de mais eventos importantes. De manhã, rolou a segunda parte do encontro “Em Defesa da Democracia, Combatendo Extremismos”, na sede da ONU. Mais tarde, ele se juntou a outros líderes globais na abertura de um evento sobre mudanças climáticas, também na ONU. E para fechar o dia, uma coletiva de imprensa estava programada para o fim da tarde.

Vamos entender como tudo isso mexeu com o mercado, né?

**O que faz o dólar subir ou cair?**

A gente precisa olhar os números:

* **Dólar:**
* Acumulado na semana: -0,77%
* Acumulado no mês: -2,63%
* Acumulado no ano: -14,57%

* **Ibovespa:**
* Acumulado na semana: +0,38%
* Acumulado no mês: +3,54%
* Acumulado no ano: +21,73%

**Trump promete encontro com Lula**

Na terça (23), durante seu discurso na ONU, Trump anunciou que se encontraria com Lula na próxima semana para discutir as sanções impostas pelo governo americano ao Brasil. Ele disse ter tido “uma química excelente” com Lula, chamando-o de “um cara muito agradável”. Segundo Trump, o encontro rápido aconteceu assim: “Eu estava entrando (no plenário da ONU), e o líder do Brasil estava saindo. Nos vimos, nos abraçamos. Na verdade, combinamos de nos encontrar na semana que vem”. Ele completou, com um sorriso: “Não tivemos muito tempo para conversar, tipo uns 20 segundos. Ele parece um cara muito legal, ele gosta de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto, não faço negócio”.

Fontes do governo brasileiro confirmaram a reunião, mas não revelaram se será presencial ou por telefone.

Patrick Buss, operador da Manchester Investimentos, destacou a reação positiva do mercado às notícias: “Interpretando a possibilidade de maior aproximação entre Brasil e Estados Unidos como um fator positivo para as relações internacionais e para os ativos locais — reflexo disso foi a alta do Ibovespa, que avançou mais de 1% no pregão após a divulgação das notícias.”

**Cenário internacional:**

Enquanto isso, em Wall Street, os mercados fecharam em queda na terça. Os investidores ficaram na expectativa após novas declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, sobre os juros nos EUA. O Dow Jones caiu 0,19% (46.293 pontos), o S&P 500, 0,55% (6.657 pontos), e o Nasdaq, 0,95% (22.573 pontos).

Na Europa, a situação foi um pouco mais diversificada. Frankfurt e Paris subiram com dados positivos da zona do euro, mas Londres caiu por conta de um crescimento econômico mais fraco no Reino Unido. Todos aguardavam também o discurso de Powell. O Stoxx 600 subiu 0,38% (555 pontos), o DAX de Frankfurt, 0,36% (23.611 pontos), e o CAC 40 de Paris, 0,54% (7.872 pontos). Já o FTSE 100 de Londres caiu 0,04% (9.223 pontos).

Na Ásia, os mercados fecharam sem uma tendência clara. A China ficou praticamente estável, com os ganhos dos bancos compensando a queda das empresas de tecnologia. Outros países tiveram variações moderadas. Hong Kong (Hang Seng) caiu 0,70% (26.159 pontos), Xangai (SSEC) recuou 0,18% (3.821 pontos) e o CSI300 caiu 0,06% (4.519 pontos). Seul (Kospi) subiu 0,51% (3.486 pontos) e Taiwan (Taiex) avançou 1,42% (26.247 pontos).

A cotação do dólar, segundo alguns analistas, reflete uma menor confiança na economia brasileira, devido aos gastos e à dívida pública.

Fonte da Matéria: g1.globo.com