O dólar, gente, que novela! Nesta terça-feira (5), a moeda americana fez um verdadeiro show de montanha-russa, subindo e descendo o tempo todo. Por volta das 13h10, estava com uma leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,5066. Enquanto isso, o Ibovespa, no mesmo horário, apresentava uma valorização de 0,25%, atingindo os 133.309 pontos.
A turma do mercado financeiro tá de olho em vários fatores, sabe? Um deles é a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano. Outra preocupação? O famigerado “tarifaço” do presidente Donald Trump, que entra em vigor na quarta-feira (6). A expectativa é que o governo brasileiro consiga negociar alguma coisa com o republicano nos próximos dias, mas a gente fica na torcida, né?
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A ata do Copom, aliás, foi um dos destaques do dia. O Banco Central (BC) deixou claro que o “tarifaço” de Trump pode ter “impactos setoriais relevantes” e que, por causa dessa incerteza toda no cenário internacional, vai manter uma “postura de cautela”. (Mais detalhes abaixo!)
Além do “tarifaço”, os investidores também estão ligados nos possíveis efeitos da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na relação entre Brasil e EUA. Será que isso vai influenciar nas negociações? Essa é a grande pergunta.
Como a prisão de Bolsonaro pode influenciar as negociações entre Lula e Trump sobre o “tarifaço”? Essa é uma questão que está deixando muita gente apreensiva.
O mercado, claro, também tá de olho em dados econômicos do Brasil e do exterior, além dos balanços corporativos. Hoje, as atenções estão voltadas para novos indicadores de atividade nos dois países.
Veja como esses fatores impactam o mercado:
**Dólar:**
* Acumulado na semana: -0,69%
* Acumulado no mês: -1,69%
* Acumulado no ano: -10,90%
**Ibovespa:**
* Acumulado na semana: +0,40%
* Acumulado no mês: -0,08%
* Acumulado no ano: +10,55%
**Copom e agenda econômica:**
A ata do Copom trouxe mais informações sobre os possíveis efeitos do “tarifaço” na economia e nos preços. O colegiado alertou que as tarifas impostas pelos EUA podem ter “impactos setoriais relevantes e incertos”, dependendo do desenrolar das negociações. O Comitê disse que vai continuar de olho nos reflexos dessas tarifas na economia brasileira e nos ativos financeiros.
A frase que resume tudo na ata? “A avaliação predominante no Comitê é que há maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela”.
Segundo a Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil), o “tarifaço” pode atingir cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os EUA, empregando aproximadamente 3,2 milhões de pessoas. Os setores afetados já estão calculando os prejuízos e buscando soluções junto ao governo.
Olha só: a atividade do setor de serviços nos EUA ficou estagnada em julho, com pouca mudança nas encomendas e enfraquecimento do emprego. No Brasil, o PMI (Índice de Gerentes de Compras) de serviços registrou a maior queda em mais de quatro anos, segundo a S&P Global.
**À espera do “tarifaço”:**
Com o “tarifaço” batendo à porta, os investidores estão observando as tentativas de aproximação entre o Brasil e os EUA, e analisando como a prisão de Jair Bolsonaro pode influenciar as negociações. A prisão domiciliar do ex-presidente, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), gerou incertezas no mercado sobre possíveis retaliações de Trump. O republicano, vale lembrar, já defendeu Bolsonaro diversas vezes, chamando o julgamento do ex-presidente de “caça às bruxas”.
A ordem executiva que impôs a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi assinada por Trump na semana passada, com início previsto para amanhã (6). A Casa Branca justificou a medida alegando que ações do governo brasileiro representam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
Nesta segunda-feira, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) aprovou uma consulta do Brasil à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra o “tarifaço”. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, a decisão agora está com o presidente Lula. Essa consulta é o primeiro passo para uma contestação formal. Se não houver acordo, o Brasil pode pedir um painel de arbitragem na OMC.
Fonte da Matéria: g1.globo.com