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A semana começou agitada nos mercados financeiros! Nesta quinta-feira (18), o dólar abriu em baixa, cotado a R$ 5,2717, uma queda de 0,57% em relação ao fechamento anterior. Olha só que notícia boa: esse é o menor valor desde 6 de junho de 2023, quando fechou a R$ 5,2498. O Ibovespa, nosso principal índice da bolsa, começa a operar às 10h.
A euforia nos mercados? Tudo começou ontem! Os Estados Unidos anunciaram o primeiro corte de juros do ano, enquanto o Banco Central brasileiro manteve a Selic inalterada. Isso animou bastante os investidores! Resultado? O Ibovespa bateu recorde pela terceira vez seguida, fechando em 145.594 pontos e ultrapassando, pela primeira vez, a marca dos 146 mil pontos. O dólar, por sua vez, teve pouca variação, terminando o dia em R$ 5,3012.
Após uma “Superquarta” de bastante movimento, o mercado hoje deve digerir tudo isso, analisando os impactos na bolsa e no dólar.
Nos EUA, o Departamento de Trabalho divulgará hoje os pedidos semanais de seguro-desemprego referentes à semana encerrada em 19 de setembro. A expectativa é de 240 mil novos requerimentos, abaixo dos 263 mil registrados na semana anterior.
No Brasil, não há indicadores econômicos importantes previstos para hoje. A atenção se concentra no leilão de títulos públicos do Tesouro Nacional, que ofertará Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F).
**Entendendo a dança do dólar:**
* **Dólar:**
* Acumulado na semana: -0,98%
* Acumulado no mês: -2,23%
* Acumulado no ano: -14,22%
* **Ibovespa:**
* Acumulado na semana: +2,34%
* Acumulado no mês: +2,95%
* Acumulado no ano: +21,04%
**Juros nos EUA e no Brasil:**
Ontem, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, anunciou a redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Além disso, divulgou novas projeções, indicando a possibilidade de mais dois cortes ainda este ano.
Jerome Powell, presidente do Fed, declarou que os riscos para a inflação no curto prazo “estão inclinados para cima”, enquanto os riscos para o emprego apontam para baixo, criando “uma situação desafiadora”. Ele destacou que a demanda por trabalho enfraqueceu e o ritmo de criação de empregos está abaixo do necessário para manter a taxa de desemprego estável. A estratégia do Fed? Analisar a situação “reunião por reunião”.
Powell também comentou sobre a pressão do presidente Donald Trump por cortes de juros, afirmando que, até o momento, o impacto da tarifaça de Trump nos preços tem sido baixo, sendo absorvido pelas empresas ao longo da cadeia de suprimentos.
Essa decisão do Fed aconteceu em um contexto tenso, marcado pelos ataques de Trump ao Fed – que há meses pressiona por juros menores – e pela tentativa de demissão de Lisa Cook, diretora do Fed. A tentativa de demissão, considerada um ataque à independência do banco central, foi suspensa pela Justiça. O mercado reagiu com preocupação.
Stephen Miran, indicado por Trump e aprovado pelo Senado em 15 de setembro, foi o único membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) a votar contra o corte de 0,25 ponto percentual, defendendo uma redução de 0,5 ponto. Lisa Cook, por sua vez, votou a favor do corte.
No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, conforme o esperado pelo mercado. O comunicado do Copom e os possíveis sinais sobre os próximos passos também foram focos de atenção.
**Bolsas Globais:**
Wall Street reagiu positivamente ao corte de juros americano. O futuro do S&P 500 subiu 0,86%, o do Nasdaq 100, 1,05%, e o do Dow Jones, 0,69%. A expectativa é de continuação do ciclo de cortes até 2025.
Na Europa, as bolsas também abriram em alta, impulsionadas pela redução dos custos de crédito nos EUA, principalmente as empresas de tecnologia. Algumas exceções, como ações da SIG, caíram após alertas sobre lucros. O STOXX 600 subiu 0,67%, para 554,32 pontos. Londres (Financial Times), Frankfurt (DAX), Paris (CAC-40) e Milão (FTSE/MIB) também registraram altas.
Na Ásia, os resultados foram mistos. A China, após altas recentes, viu seus índices caírem após realização de lucros, mesmo com o otimismo global. Xangai (-1,15%), CSI300 (-1,16%) e Hong Kong (Hang Seng -1,35%) tiveram quedas. Tóquio (Nikkei +1,15%) e Seul (Kospi +1,40%) subiram. Cingapura (Straits Times -0,26%) e Sydney (S&P/ASX 200 -0,83%) registraram quedas.
*Com informações da agência de notícias Reuters*
(Imagem: Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025. Tatan Syuflana/ AP)
Fonte da Matéria: g1.globo.com