Movimento tranquilo nos mercados nesta segunda-feira (25), com o dólar mostrando uma leve queda de 0,33%, cotado a R$ 5,4077 por volta das 13h30. Enquanto isso, o Ibovespa, a principal referência da bolsa brasileira, subiu 0,31%, chegando aos 138.390 pontos. Depois de uma sexta-feira agitada lá fora, o clima hoje tá mais calmo, sabe? Os investidores parecem estar otimistas com a possibilidade de um corte nos juros americanos.
Com poucos eventos econômicos no calendário, a atenção do mercado está voltada para os discursos de importantes figuras do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. No Brasil, o boletim Focus trouxe mais boas notícias: as previsões de inflação para este ano caíram de novo!
A expectativa de corte de juros, levantada pelo próprio presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, deixa os investidores de olho nos pronunciamentos de outros dirigentes do banco central. Lorie Logan, do Fed de Dallas, fala às 16h15 (horário de Brasília), e John Williams, presidente do Fed de Nova York, às 20h15.
Olha só: as projeções de inflação para 2025 foram reduzidas pela décima terceira semana seguida no boletim Focus! A previsão caiu de 4,95% para 4,86%, mas ainda fica acima do teto da meta, que é 4,5%.
Por outro lado, as ações do Banco do Brasil caíram 1,02% hoje. Segundo o Blog da Ana Flor, o banco acionou a AGU (Advocacia-Geral da União) contra perfis bolsonaristas que estão espalhando desinformação, incentivando o fechamento de contas com base em boatos sobre a Lei Magnitsky.
Já o Ibovespa subiu impulsionado principalmente pelas mineradoras, como Vale (VALE3), que se beneficiaram da alta do minério de ferro no mercado internacional.
Nesta semana, o mercado também vai ficar de olho em dados econômicos importantes no Brasil, como o IPCA-15 de agosto (amanhã) e o relatório de emprego do Caged (quinta-feira).
**Resumo dos desempenhos:**
* **Dólar:** Acumulado na semana: +0,51%; Acumulado no mês: -3,12%; Acumulado no ano: -12,20%.
* **Ibovespa:** Acumulado na semana: +1,19%; Acumulado no mês: +3,68%; Acumulado no ano: +14,70%.
**Boletim Focus e Inflação:**
A redução nas previsões de inflação é influenciada, entre outros fatores, pelo “tarifaço” imposto pelo ex-presidente americano Donald Trump a produtos brasileiros. Os analistas acreditam que essa medida pode conter a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. As projeções são:
* **2025:** De 4,95% para 4,86% (acima do teto da meta de 4,5%).
* **2026:** De 4,40% para 4,33%.
* **2027:** De 4% para 3,97%.
* **2028:** Mantém-se em 3,80%.
É importante lembrar que inflação alta prejudica o poder de compra, principalmente quem ganha menos.
**Minério de Ferro em Alta:**
Os contratos futuros do minério de ferro atingiram o maior nível em uma semana, após a suspensão das operações da Rio Tinto no projeto Simandou, na Guiné, devido a um incidente. Isso gerou receios de atrasos na produção. Na bolsa de Dalian, na China, o contrato mais negociado subiu 2,27%, fechando a 787 iuanes (US$ 110,06) por tonelada métrica – o maior valor desde 14 de agosto. Essa alta impulsionou as ações das mineradoras brasileiras:
* CSN (CSNA3): +1,54%
* CMIN (CMIN3): +1,81%
* Vale (VALE3): +0,58%
* Usiminas (USIM5): +0,96%
**Fed sinaliza corte de juros, mas com ressalvas:**
As declarações de Jerome Powell na sexta-feira animaram o mercado, indicando a possibilidade de corte de juros em setembro. Porém, ele alertou sobre o risco de alta da inflação devido aos efeitos do “tarifaço” de Trump. Mesmo assim, muitos investidores apostam na queda dos juros nos EUA, segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue. Essa expectativa levou a uma queda nos rendimentos dos títulos americanos, enfraquecendo o dólar globalmente. Quando os rendimentos desses títulos caem, investir nos EUA fica menos atraente, reduzindo a demanda pelo dólar. Essa dinâmica, com dólar mais fraco e juros em queda, tende a favorecer empresas de capital aberto, segundo Castro.
**Bolsas Internacionais:**
Enquanto as bolsas asiáticas fecharam em alta, impulsionadas por setores como terras raras e imobiliário (Xangai teve sua maior alta desde agosto de 2015!), as bolsas americanas e europeias fecharam em queda. Na Europa, a baixa liquidez devido a um feriado no Reino Unido também contribuiu para a queda.
*Com informações da agência de notícias Reuters*
Fonte da Matéria: g1.globo.com