** A tensão comercial entre Brasil e EUA detonou o mercado financeiro nesta sexta (18). O dólar disparou 0,73%, fechando a R$ 5,5874, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, sofreu uma queda brutal de 1,61%, encerrando o dia aos 133.382 pontos. Tudo por causa da ameaça de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Nossa!
A carta de Trump, que citou as investigações contra Jair Bolsonaro (PL) como justificativa para a taxação, caiu como uma bomba. Ainda mais depois da nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente, que investiga crimes como coação, obstrução da Justiça e ataque à soberania nacional. A PF, com aval do ministro Alexandre de Moraes do STF, colocou Bolsonaro de tornozeleira eletrônica! Ele tá proibido de ir perto de embaixadas e consulados, contatar outros réus e, acredite, até de falar com autoridades estrangeiras – nem por terceiros! Moraes foi direto: “atuação consciente, dolosa e ilícita”, em parceria com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para submeter o STF a “outro Estado”. Uau!
Trump ainda não se pronunciou sobre a operação, mas os investidores já estão de olho, imaginando as consequências dessa reviravolta no imbróglio tarifário.
Lula, por sua vez, reagiu com força. Em pronunciamento oficial, ele chamou a decisão de Trump de “chantagem inaceitável”, defendendo o Judiciário e afirmando que qualquer interferência externa é um “grave atentado à soberania nacional”. O presidente não poupou críticas a políticos brasileiros que, segundo ele, apoiam Trump: “São verdadeiros traidores da pátria! Apostam no quanto pior, melhor!”. A declaração foi feita em rede nacional de rádio e TV.
Em entrevista à CNN, Lula foi ainda mais incisivo: “Não podemos deixar o presidente Trump esquecer que ele foi eleito para governar os EUA, e não para ser o imperador do mundo!”. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, rebateu afirmando que Trump “não está tentando ser o imperador do mundo”, mas sim um “presidente forte e líder do mundo livre”.
Enquanto isso, no Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com representantes do setor produtivo, incluindo Raul Jungmann, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), para discutir a resposta do governo à ameaça tarifária.
Além do Brasil, Trump também atacou o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, e seu presidente, Jerome Powell, que ele chamou de “idiota”. Ele reclamou dos juros altos e disse que o Fed deveria estar com uma taxa de 1%, economizando US$ 1 trilhão em custos com juros. Isso tudo às vésperas da reunião de política monetária do Fed, marcada para 29 e 30 de julho.
Analistas, por sua vez, estão de olho em indicadores econômicos americanos, como inflação e o sentimento do consumidor, enquanto aguardam desdobramentos dessa crise.
**Resumo dos indicadores:**
**Dólar:**
* Acumulado na semana: +0,71%
* Acumulado no mês: +2,83%
* Acumulado no ano: -9,58%
**Ibovespa:**
* Acumulado na semana: -0,58%
* Acumulado no mês: -2,06%
* Acumulado no ano: +10,89%
**Detalhes da Operação contra Bolsonaro:**
A operação da PF contra Bolsonaro, que culminou na tornozeleira eletrônica, apura uma suposta tentativa de extorsão contra o Judiciário. Moraes afirmou que Bolsonaro condicionou o fim das tarifas de Trump à anistia judicial, agindo em conluio com Eduardo Bolsonaro para pressionar o STF. A PF também encontrou indícios de que Bolsonaro planejava fugir do país. Bolsonaro negou tudo, classificando as ações como “humilhação” e “perseguição política”.
**Pressão de Trump sobre o Fed:**
Trump voltou a criticar Powell e o Fed por manterem juros altos, embora dados recentes sobre varejo e mercado de trabalho apontem para uma economia americana forte. Há sinais de divisão interna no Fed, com Christopher Waller, um diretor, defendendo um corte de juros ainda em julho.
**União Europeia tenta evitar tarifas:**
Negociadores da UE e dos EUA se encontraram em Washington para tentar evitar novas tarifas impostas por Trump. Segundo o Financial Times, Trump pressiona por tarifas entre 15% e 20% sobre todos os produtos da UE, rejeitando a redução de 25% nas taxas sobre carros. A situação é tensa, e o resultado das negociações ainda é incerto.
Fonte da Matéria: g1.globo.com