A demissão da promotora federal Maurene Comey, filha do ex-diretor do FBI James Comey, causou um terremoto na quarta-feira (16). A notícia, inicialmente divulgada pela Politico e ABC News, pegou muita gente de surpresa. Afinal, Maurene estava no meio de casos importantes, ligados ao escândalo sexual de Jeffrey Epstein e seus comparsas. Ela processou com sucesso Ghislaine Maxwell, a socialite britânica cúmplice de Epstein, e Sean “Diddy” Combs, magnata da música que será sentenciado em 3 de outubro por tráfico de prostitutas. Combs, preso em Brooklyn desde setembro de 2022, acabou absolvido das acusações mais pesadas, mas ainda assim, enfrenta a justiça.
Olha só, o que mais choca é que Maurene não recebeu explicação alguma para a demissão! Recebeu apenas um memorando citando o Artigo 2 da Constituição americana, que dá ao presidente o poder de dispensar funcionários. Fontes da Reuters, falando sob anonimato, confirmaram a falta de justificativa. Nem a promotora, nem o Departamento de Justiça se manifestaram oficialmente até o momento. Isso, gente, é muito estranho!
A demissão de Maurene, que atuava no Distrito Sul de Nova York (Manhattan), reacendeu as suspeitas de que o governo Trump, na época, estaria tentando acobertar o caso Epstein. Afinal, seu pai, James Comey, já havia sido demitido por Trump durante seu primeiro mandato – e atualmente está sob investigação, assim como o ex-diretor da CIA, John Brennan. Trump atacou ambos publicamente por seus papéis nas investigações da suposta interferência russa na eleição de 2016.
E não para por aí! Na semana anterior à demissão de Maurene, o governo Trump voltou atrás na promessa de divulgar documentos sobre Epstein e sua suposta rede de contatos poderosos. Essa reviravolta causou indignação entre os apoiadores mais fiéis de Trump, o que já diz muito, né?
Epstein, vale lembrar, era um financista bilionário e criminoso sexual condenado, que morreu por suicídio na prisão em 2019, enquanto respondia a acusações federais de tráfico sexual de menores. O caso foi arquivado após sua morte.
Na real, essa demissão faz parte de um padrão. O Departamento de Justiça, sob a administração Trump, demitiu outros promotores envolvidos em casos relacionados ao próprio Trump ou a seus aliados. Um exemplo disso foi a demissão, na sexta-feira anterior, de funcionários que trabalharam com o procurador especial Jack Smith nas investigações sobre a retenção de documentos sigilosos por Trump e sua tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020. Tudo isso me parece muito suspeito, pra falar a verdade!
Fonte da Matéria: g1.globo.com