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Claudio Nucci e Zé Renato: 40 anos depois, um novo som com “A Bandeira do Porvir”

Olha só que notícia incrível! Claudio Nucci e Zé Renato, depois de 40 anos do lançamento do único álbum que gravaram juntos, “Pelo sim pelo não” (1985), estão de volta com um single inédito: “A Bandeira do Porvir”. A música, composta por Milton Nascimento e com letra de Marcio Borges, tá programada para chegar às plataformas digitais no dia 8 de agosto.

Na real, a história dessa música é fascinante. Tudo começou em 2012, durante o musical sinfônico “Semente – A Bandeira do Porvir”, em Belo Horizonte (MG), dirigido por Claudia Brandão e idealizado pelo próprio Marcio Borges, figura chave do Clube da Esquina. Nucci e Zé Renato, que na época integrava o Boca Livre, estavam no elenco. Foi durante os ensaios que Marcio entregou a Nucci uma fita com uma versão demo de “A Bandeira do Porvir”, cantada por Milton Nascimento.

A ideia era Nucci harmonizar a música para apresentá-la no Palácio das Artes. Mas, no fim das contas, os diretores preferiram usar a gravação original de Milton. A música ficou esquecida depois da apresentação, mas nunca saiu da cabeça de Nucci e Borges. Aí, em um encontro casual em 2024, a ideia de reviver a canção surgiu!

Com o aval de Milton e Marcio, Nucci botou a mão na massa. Ele reuniu um time de músicos de primeira: Márcio Resende (flauta), Paulo Calasans (piano), Rafael Lorga (ritmo), Rômulo Gomes (baixo fretless) e ele mesmo no violão, arranjo e mixagem. A cereja do bolo? A voz inconfundível de Zé Renato!

A participação de Zé Renato aconteceu graças a Maurício Gouvêa, que teve a ideia de comemorar os 40 anos de “Pelo sim pelo não” com o lançamento de uma música inédita: “Eu sambo mesmo”, de Janet de Almeida (1945), achado nas fitas demos do álbum de 1985. Essa música, aliás, quase entrou no repertório do Boca Livre, mas acabou ficando para os shows da dupla Nucci e Renato.

Zé topou na hora, e a ideia de incluir uma gravação nova, em 2025, para mostrar a dupla em ação no presente, foi aprovada por todos. Nucci, ao ser consultado, lembrou de “A Bandeira do Porvir”, e pronto! O single, que será lançado pelo selo Discobertas, incluirá as duas faixas: uma atemporal, outra com a marca do tempo.

A versão de “Eu sambo mesmo”, gravada em 1985 com Carlos Bala (ritmo), Luiz Avellar (teclados), Nico Assumpção (baixo), Ricardo Silveira (guitarra) e Serginho Trombone (trombone), mostra que a dupla fez a escolha certa ao descartá-la do álbum original, pois o disco tomou outro rumo.

Já “A Bandeira do Porvir” é uma música linda, a melodia de Milton se encaixa perfeitamente com a letra cheia de esperança de Marcio Borges, que fala da fé no amanhã e na capacidade de recomeçar. A capa do single, com fotos de Alexander Landau e Dri Gonçalves e arte de Philippe Leon, mostra Nucci e Zé Renato lado a lado.

A produção executiva é de Marcelo Fróes e a artística de Maurício Gouvêa Memeca Moschovich. O single faz parte do projeto “Claudio Nucci e Zé Renato 40 anos (1985-2025)”, mas, na verdade, celebra as quatro décadas do álbum da dupla. A parceria entre eles, no entanto, já dura 50 anos, desde o início dos anos 1970, quando, ainda estudantes do Colégio Rio de Janeiro, se apresentavam em festivais. Naquela época, Zé participou do grupo Cantares, Nucci do Semente, e os dois brilharam no Boca Livre a partir de 1979. E agora, em agosto, um novo capítulo dessa história incrível se inicia com o lançamento de “A Bandeira do Porvir”. O single será lançado em edição digital no dia 8 de agosto e em vinil de 7 polegadas no final do ano.

Fonte da Matéria: g1.globo.com