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Cidade Negra mira o futuro com turnê “De agora em diante”, mas o passado pesa

A Cidade Negra, atualmente representada por Toni Garrido e Bino Farias, anunciou com pompa e circunstância sua nova turnê, “De agora em diante”, com shows marcados para 2026. A notícia, divulgada em 16 de setembro, já gerou expectativa entre os fãs. Afinal, quem não gosta de um show com músicas inéditas, né?

A banda promete shows em grandes capitais: São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Brasília e Rio de Janeiro. A base do repertório, claro, será formada pelos clássicos que consagraram a Cidade Negra, com aquele toque especial de reggae que a gente tanto ama. E, claro, algumas releituras de sucessos de outros artistas, com a pegada reggae inconfundível da banda.

Pra quem não se lembra, a Cidade Negra surgiu em 1986 em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, com o nome de Lumiar. Bino Farias, integrante da formação original, tá lá até hoje. Já Toni Garrido, o carismático vocalista, entrou em 1994, substituindo Rás Bernardo. Sabe, o Rás era um cara bem politizado, e teve um atrito com a Sony Music por causa do segundo álbum, “Negro no Poder” (1992), que não teve o sucesso esperado. A gravadora queria um som menos engajado, e a coisa não rolou.

Em 2022, a banda sofreu mais uma mudança: Lazão, baterista original, deixou o grupo devido a divergências com Bino e Toni. Apesar disso, a dupla segue firme e forte, apostando em um futuro promissor com a turnê “De agora em diante”.

Mas, vamos combinar: a Cidade Negra perdeu um pouco do gás a partir dos anos 2010. Faz 13 anos que não lançam um álbum de estúdio com músicas inéditas, e, sinceramente, quase ninguém reclamou. O último trabalho, “Hei, afro!”, de 2012, passou batido. Nos shows, a banda se apoia nos hits de álbuns como “Quanto Mais Curtido Melhor” (1998), “O Erê” (1996) e “Sobre Todas as Forças” (1994) — este último, o maior sucesso da era Toni Garrido.

O nome da turnê, “De agora em diante”, sugere um recomeço, uma busca pelo futuro. Mas, na real, parece mais uma aposta em reciclar o passado para garantir mais alguns anos de estrada na era dos festivais. Só o tempo dirá se essa estratégia vai funcionar.

Fonte da Matéria: g1.globo.com