Cícero, o cara que a gente ama, tá de volta com tudo! Depois de um tempinho, desde março de 2023, quando lançou o single “Longe” – uma mistura incrível de piseiro com surf rock, olha só! –, ele finalmente soltou seu sexto álbum de inéditas: “Uma Onda em Pedaços”, em 6 de agosto. Três estrelas! 🌟🌟🌟
Sabe, Cícero Rosa Lins, esse artista carioca incrível, sempre teve uma pegada bem particular, desde o seu primeiro álbum, “Canções de Apartamento”, lá em 2009. Aquele clima cool e lo-fi, uma angústia gostosa de ouvir, né? E, tipo assim, o tempo passou, mas a essência continua. As angústias mudaram, claro, mas a alma continua a mesma. A capa do álbum, aliás, mostra bem isso: Cícero em um ambiente meio destruído, mas com uma pontinha de esperança de reconstrução. Demais!
Sete meses depois de “Concerto 1” (2025), aquele álbum orquestral maravilhoso, ele nos entrega dez faixas inéditas. E tem uma surpresa: “Lucille”, a primeira música dele em inglês, com um charme de bossa nova, que coisa linda! É o primeiro álbum com músicas novas desde “Cosmo” (2020), que já tinha uma introspecção forte, mas com uma busca por sons mais amplos.
Esse novo trabalho, todo produzido pelo próprio Cícero, mixado pelo Victor Rice e masterizado pelo Carlos Freitas, mostra uma variedade rítmica incrível, sem perder a identidade sonora pastel que a gente tanto ama. É aquela vibe cool que domina o indie pop brasileiro no século XXI, sabe?
Em “Pássaro Nave”, a gente sente os anseios dos últimos cinco anos dele, uma espécie de manifesto de 2025. Já “Mente Voa” tem uma batida leve de rap. E, olha só que legal, “Sem Dormir” junta Cícero com a Duda Beat, com um toque nordestino no beat do Tomás Tróia. Sensacional!
Essa pegada nordestina fica ainda mais forte em “Dia Vai”, com a Tori, que tem um balanço contagiante. “Ausência”, por sua vez, mostra o refinamento dos arranjos, que já se destaca desde a primeira faixa.
Em “Meu Amigo Harvey”, uma faixa sobre a desconexão humana na era digital, com um sample do Johannes Brahms (1833-1897), a gente sente que a embalagem da música é quase mais atraente que a composição em si. Mas, na real, o álbum como um todo, com faixas como “Tranquilo” (com o Vovô Bebê no baixo!), reafirma a honestidade e a beleza única da música do Cícero. Ele continua na sua, na sua onda, meio enclausurado no mesmo apartamento de onde surgiu como uma das grandes revelações da música brasileira em 2011. Que trajetória, hein?
Fonte da Matéria: g1.globo.com