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China nega envolvimento em guerras, afirma ministro em meio a pressão americana

A China não participa e nem planeja guerras, declarou o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, em meio à pressão americana para que aliados imponham tarifas à importação de petróleo russo. A declaração foi feita em 13 de abril de 2025, poucos dias depois de uma coletiva de imprensa em Moscou, em 1º de abril. Olha só a situação: os EUA estão pressionando países que compram petróleo da Rússia a interromper as compras, numa tentativa de forçar o fim da guerra na Ucrânia.

A Casa Branca, na real, já aplicou tarifas à Índia por adquirir petróleo russo, mas, sabe?, deixou a China de fora, considerando-a uma parceira estratégica “para todas as horas”. Isso é, no mínimo, curioso, né? Wang Yi, em entrevista coletiva com seu colega esloveno em Liubliana, capital da Eslovênia, disse que “a guerra não resolve problemas, e as sanções só pioram as coisas”. A declaração foi divulgada em comunicado oficial do ministério.

Porém, a pressão americana não parou por aí. No mesmo dia 13 de abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs aos países da OTAN um pacote de “sanções severas” à Rússia. A condição? Que os países europeus da aliança parem de comprar petróleo russo. “Estou pronto para impor sanções severas à Rússia quando TODAS as nações da OTAN concordarem e começarem a fazer o mesmo, e quando TODAS as nações da OTAN PARAREM DE COMPRAR PETRÓLEO DA RÚSSIA”, escreveu Trump em carta divulgada em sua rede social, a Truth Social. Ele ainda disse achar “chocante” a compra de petróleo russo por alguns países, afirmando que isso enfraquece a posição de negociação contra a Rússia.

E não parou por aí. Trump foi além e sugeriu tarifas pesadas contra a China, entre 50% e 100% sobre produtos chineses, até o fim do conflito na Ucrânia. Em suas palavras, a China teria “forte controle, e até mesmo domínio, sobre a Rússia”, e essas tarifas “romperiam esse controle”. Me parece que ele tá bem incisivo, né?

Trump aproveitou para mais uma vez dizer que a guerra na Ucrânia “nunca teria começado” se ele ainda estivesse na Casa Branca, chamando o conflito de “ridículo” e culpando Joe Biden e Volodymyr Zelensky. Essa proposta de Trump, feita em 13 de abril, mostra como a relação entre ele e Vladimir Putin se deteriorou desde um encontro bilateral no Alasca em agosto de 2024. Na época, apesar da promessa de um caminho para o fim do conflito e uma reunião entre Putin e Zelensky, o Kremlin não demonstrou interesse em avançar, e a Rússia continuou os ataques à Ucrânia. Na sexta-feira (11 de abril), Trump declarou que sua paciência com Putin “está acabando, e está acabando rápido”.

Informações da agência Reuters.

Fonte da Matéria: g1.globo.com