Olha só que notícia! Apesar do “tarifaço” imposto por Donald Trump, a economia chinesa bombou no segundo trimestre. E, numa demonstração de força e diplomacia, a China anunciou, nesta segunda-feira (21), uma cúpula de alto nível com a União Europeia em Pequim, justamente nesta semana! A data marca os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois gigantes. A ideia? Lidar com as disputas comerciais, num momento de bastante tensão no cenário global.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, desembarcam na capital chinesa na quinta-feira (24) para um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. A informação veio diretamente do Ministério das Relações Exteriores da China. No mesmo dia, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai copresidir a 25ª cúpula China-UE ao lado dos líderes europeus.
A reunião é importantíssima, né? Afinal, as tensões comerciais estão altíssimas. Pequim busca fortalecer os laços com a UE, buscando uma alternativa às incertezas da relação com os Estados Unidos. A gente sabe que as coisas não estão fáceis…
A relação entre a UE e a China esfriou bastante em 2021, quando Bruxelas aplicou sanções a autoridades chinesas por supostos abusos de direitos humanos em Xinjiang. Resultado? Pequim respondeu com sanções retaliatórias, prejudicando bastante o comércio bilateral. Além disso, várias outras disputas comerciais afetaram a relação nos últimos anos, envolvendo desde veículos elétricos chineses até conhaque e carne de porco europeus, passando por compras governamentais de dispositivos médicos e o comércio de terras raras.
Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, a cúpula é estratégica. Em entrevista coletiva, Guo disse esperar uma colaboração construtiva da UE. “A China sempre acreditou que, após 50 anos de desenvolvimento, as relações China-UE são capazes de enfrentar dificuldades e desafios em constante transformação”, afirmou Guo, considerando os laços como maduros e estáveis, apesar dos problemas existentes.
Em um discurso recente, von der Leyen reconheceu o crescimento econômico chinês, mas criticou o país por inundar os mercados globais com excesso de produção, restringir o acesso ao seu mercado e, na prática, apoiar a economia de guerra da Rússia. Isso é complicado!
A UE, que define a China como “parceiro de cooperação, concorrente econômico e rival sistêmico”, reconhece a necessidade de melhorar a relação diante das incertezas do comércio global. Depois que Donald Trump anunciou tarifas comerciais em abril, von der Leyen ligou para Li Qiang e disse que a UE e a China devem “apoiar um sistema comercial reformado, forte, livre, justo e baseado em condições equitativas”. Será que vão conseguir? A gente acompanha de perto!
Fonte da Matéria: g1.globo.com