Olha só que situação! Apesar do “tarifaço” imposto por Donald Trump, a economia chinesa apresentou um crescimento robusto no segundo trimestre de 2023. E, sabe o que aconteceu? Nesta segunda-feira (21), a China confirmou uma cúpula de altíssimo nível com a União Europeia em Pequim, justamente esta semana! A data marca os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois gigantes. A reunião, no entanto, acontece num cenário bem tenso, com disputas comerciais à solta.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, embarcam para a China na quinta-feira (24) para um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. A informação veio direto do Ministério das Relações Exteriores chinês. No mesmo dia, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai copresidir a 25ª cúpula China-UE ao lado dos líderes europeus. Ufa! Muita gente importante reunida.
Essa reunião toda é crucial, né? Afinal, as tensões comerciais globais estão altíssimas. Pequim busca fortalecer os laços econômicos e políticos com a UE, se protegendo das incertezas causadas pela relação conturbada com os Estados Unidos. Me parece que a China tá jogando esperto.
A verdade é que a relação entre a UE e a China esfriou bastante em 2021. Bruxelas aplicou sanções a autoridades chinesas por supostas violações de direitos humanos em Xinjiang. A resposta de Pequim? Sanções retaliatórias imediatas, paralisando boa parte do comércio bilateral. Além disso, várias outras disputas comerciais nos últimos anos complicaram ainda mais as coisas: veículos elétricos chineses, conhaque e carne de porco europeus, compras governamentais de equipamentos médicos e o comércio de terras raras. Uma verdadeira salada!
Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que a cúpula acontece num momento estratégico. Em entrevista coletiva, ele declarou que a China espera uma colaboração construtiva do bloco europeu. “A China sempre acreditou que, após 50 anos de desenvolvimento, as relações China-UE são capazes de superar dificuldades e desafios em constante evolução”, afirmou Guo, descrevendo os laços como maduros e estáveis, apesar dos problemas.
Em discurso recente, von der Leyen reconheceu o progresso econômico chinês, mas criticou o país por inundar os mercados globais com excesso de produção, restringir o acesso ao seu mercado e, na prática, apoiar a economia de guerra da Rússia. Isso é um ponto bem delicado.
A UE, que considera a China um “parceiro de cooperação, concorrente econômico e rival sistêmico”, também reconhece a urgência de retomar os laços comerciais, diante da insegurança do cenário internacional. Após o anúncio das tarifas americanas de Donald Trump em abril, von der Leyen ligou para Li Qiang e enfatizou a necessidade de a UE e a China trabalharem juntas por um “sistema comercial reformado, forte, livre, justo e baseado em condições equitativas”. A pressão tá alta!
Fonte da Matéria: g1.globo.com