Olha só que notícia incrível! Cézar Mendes, compositor e violonista baiano, postou uma foto com ninguém menos que Chico Buarque no estúdio da Biscoito Fino. A imagem, compartilhada nas redes sociais, confirmou a participação do ídolo na gravação do segundo álbum de Mendes, no Rio de Janeiro. Chico emprestou sua voz a um samba inédito, que promete ser um dos destaques do disco, com produção musical de Mario Adnet. Mas, cá entre nós, quem conhece mesmo Cézar Mendes?
Irmão de Roberto Mendes, ambos nascidos em Santo Amaro da Purificação (BA), Cézar é um nome de peso nos bastidores da música brasileira, um verdadeiro mestre do violão, apesar de ser relativamente desconhecido do grande público. Já pensou? Um cara que compôs com Arnaldo Antunes, José Carlos Capinan, Marisa Monte e Tom Veloso, e ainda assim, permanece um tanto anônimo!
A trajetória dele começou a ganhar mais visibilidade em 1998, quando Gal Costa (1945-2022), em plena potência, gravou “Aquele frevo axé”, samba que Cézar compôs em 1997 com letra de Caetano Veloso. Essa música, inclusive, batizou o álbum lançado por Gal naquele ano. Incrível, né? Aquele frevo axé foi a primeira composição dele a ser gravada, um marco para um artista que, até então, só tocava violão desde a infância.
Desde então, Cézar Mendes tem se destacado como compositor e/ou violonista em trabalhos de grandes nomes como Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Roberta Sá. Aliás, tem uma curiosidade: a música “Se for pra mentir”, parceria de Mendes com Arnaldo Antunes, gravada por Luciana Mello em 2011, também foi interpretada por Chico Buarque dez anos depois, no álbum “Delírio” (2015) da cantora. Que coincidência, hein?
Professor de violão, Cézar é admirado por seu toque considerado magnífico. Seu prestígio na MPB é inegável, como demonstra o time de estrelas presente no seu primeiro álbum, “Depois enfim”, lançado em 2018, quando ele já tinha 67 anos. Adriana Calcanhotto, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Djavan, Marisa Monte, Moreno Veloso, Tom Veloso e até Fernanda Montenegro, que interpretou “Aquele frevo axé”, integraram o projeto.
Chico Buarque não participou do primeiro disco, mas sua presença no segundo é a prova de que, no universo da MPB, a musicalidade de Cézar Mendes conquista até os maiores nomes. Na real, é uma história que mostra que o talento, cedo ou tarde, brilha. E a gente mal pode esperar para ouvir o resultado dessa parceria incrível!
Fonte da Matéria: g1.globo.com