Ufa! Finalmente uma boa notícia para o bolso do brasileiro: o preço do café caiu! Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (12), o grão teve uma queda de 1,01% em julho. Isso mesmo, a primeira baixa desde dezembro de 2023! Na época, a queda tinha sido bem tímida, apenas 0,23%. Depois disso, só subidas por 18 longos meses. Baixe o app do g1 e fique por dentro das notícias em tempo real!
A tendência de queda já vinha sendo observada. Tanto o IPCA-15 (a prévia da inflação) quanto o IPC da Fipe, ambos divulgados em julho, já indicavam isso. Mas calma, gente! Apesar da boa notícia, o preço do café moído ainda tá nas alturas. A inflação acumulada em um ano, segundo o IPCA, chega a assustadores 70,51%!
Dados da Associação Brasileira de Café (Abic) mostram bem essa disparada. Em junho de 2025, o quilo do café custava, em média, R$ 66,70. No mesmo mês do ano anterior, era R$ 34,46! Olha só a diferença! O ápice dessa escalada aconteceu em fevereiro passado, com um aumento de 10,77% e a maior inflação acumulada em 12 meses desde a chegada do real.
No geral, a inflação medida pelo IPCA em julho foi de 0,23%. O grupo de Alimentação e Bebidas, inclusive, registrou queda de 0,27%, o segundo mês seguido de recuo – em junho, a variação foi de -0,18%.
Analistas já previam essa queda. Em junho, economistas ouvidos pelo g1 apostavam na redução de preços a partir do segundo semestre. A explicação? A colheita no Brasil, iniciada em março e que vai até setembro (com força total em junho e julho), fez as cotações caírem no campo.
A questão do “tarifaço” de 50% imposto pelo governo de Donald Trump, em vigor desde 6 de agosto, também entrou na conversa. A avaliação dos especialistas, porém, é que o impacto no preço do café no Brasil não deve ser imediato. Afinal, as vendas para os EUA não devem parar de imediato, evitando um excesso de oferta no mercado interno. Além disso, a colheita só acontece uma vez por ano, o que naturalmente atrasa qualquer reflexo no preço final.
Fernando Gonçalves, diretor do IPCA, reforça essa ideia: “Pode ser um efeito do aumento da oferta, e não é possível afirmar ou confirmar que esteja relacionado ao aumento da tarifa. O aumento da tarifa só começou neste mês”, declarou à Reuters.
Fonte da Matéria: g1.globo.com