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** Brasil na mira: Dependência de fertilizantes russos aumenta risco de novas taxas americanas

** O Brasil tá numa situação delicada: a dependência de fertilizantes russos pode nos deixar à mercê de novas taxas americanas. Isso mesmo! A gente importa uma boa parte dos insumos agrícolas da Rússia, e os Estados Unidos já mostraram que não estão brincando em serviço.

Em 2024, a Rússia foi nossa principal fornecedora de fertilizantes, fornecendo 53% do fosfato monoamônico, 40% do cloreto de potássio e 20% da ureia. Olha só que dependência! Isso significa que qualquer mudança na relação comercial entre EUA e Rússia pode nos impactar diretamente.

A gente precisa entender o contexto: fertilizantes são essenciais pra agricultura, são como vitaminas pra terra, sabe? Eles garantem a produtividade das nossas lavouras. Sem eles, a produção de alimentos pode ir pro brejo.

O problema é que a gente depende demais da importação. Segundo o professor Cicero Lima, da FGV Agro, a importação chega a 95% do nitrogênio, 75% do fosfato e 91% do potássio. Aí, a gente fica vulnerável a qualquer tipo de tarifa ou sanção. É como andar numa corda bamba.

Por que tanta dependência? Bom, vários fatores contribuem: a gente tem poucas reservas de matérias-primas, principalmente de nitrogênio e potássio. A produção nacional de nitrogenados é pequena, porque precisa de gás natural barato, e a gente não tem isso em abundância. No caso do fosfato, as reservas existentes são de qualidade inferior e caras de explorar. Além disso, a demanda é enorme, e a produção nacional não consegue suprir a necessidade da nossa agricultura intensiva. E pra piorar, importar acaba saindo mais barato por causa da nossa logística complicada e infraestrutura precária.

Em 2024, o então presidente Donald Trump aplicou uma tarifa adicional à Índia por comprar petróleo russo, alegando que isso contribuía para a guerra na Ucrânia. A tarifa total aplicada à Índia chegou a 50%, igualando-se à do Brasil e deixando o país asiático entre os mais taxados por Trump. Na mesma ocasião, Trump avisou que mais tarifas poderiam ser aplicadas. E aí, meu amigo, o Brasil pode ser o próximo.

O consultor Carlos Cogo alerta que, se o Brasil for alvo de algo parecido, a produção de alimentos vai sofrer um impacto brutal, com aumento de custos para o agricultor e, consequentemente, para o consumidor. É um cenário preocupante!

Trocar a Rússia como fornecedora não é tarefa fácil. Seria necessário um esforço enorme de reestruturação logística, negociações diplomáticas e abertura de novos mercados. Países como Canadá, Marrocos e Nigéria poderiam ser alternativas, mas a competição por esses fornecedores seria acirrada.

O Brasil tem um Plano Nacional de Fertilizantes, com a meta de produzir entre 45% e 50% dos insumos até 2050. O governo pretende investir mais de R$ 25 bilhões até 2030, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária. Mas, na real, são necessários investimentos muito maiores, além de incentivos e melhorias na infraestrutura para que a gente consiga diminuir essa dependência perigosa. A gente precisa agir rápido, antes que seja tarde demais. Afinal, a segurança alimentar do país está em jogo.

Fonte da Matéria: g1.globo.com